terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A Islândia e a União Europeia....

A Islândia acaba de dar um "passo de gigante" no seu futuro, com a retirada do pedido de adesão à União Europeia (UE). Esta é a minha convicção.
Mesmo sem ser membro da União Europeia a Islândia já sofre na pele a pressão do "Abutre" europeu no que toca às cotas de pesca, nomeadamente da cavala e do arenque. Não sou contra as cotas, neste caso da pesca, mas elas devem ser utilizadas como preservação das espécies e não como interesses transfronteiriços dos países mais poderosos. 
A UE é especialista nestas "jogadas de bastidores" e acredito que se preparava já para acenar com muitos milhões de euros aos proprietários da frota pesqueira islandesa para abate de uma grande parte dessa mesma frota. Já aconteceu assim com Portugal e não iria ser diferente com os islandeses.
Ainda a recuperar de uma crise financeira (2009), a Islândia tornava-se assim uma presa fácil para o papão (UE) e com a entrada de muitos milhões de euros nos primeiros anos, aniquilavam-se os recursos, e posteriormente seguir-se-ia o resgate ou a ajuda com as consequentes medidas de austeridade. A juntar a tudo isto, havia ainda a perda de soberania, o enxovalhamento mundial e a pobreza/miséria dos seus habitantes, coisa que não devem estar muito habituados. Com sorte, a Srª Merkel já não seria chanceler da Alemanha, porque se ainda o fosse, a situação seria bem mais complicada.
Países com uma economia débil, muito dependente de um único sector de actividade (embora a Islândia nas últimas décadas tenha apostado no turismo e na indústria) e com uma moeda forte (no caso de aderir ao euro), e tendo em conta que as "sanguessugas" da União Europeia se instalariam de imediato, seria meio caminho para a ruína.
Actualmente a União Europeia é uma farsa (excluindo a livre circulação de pessoas e bens), não respeita os princípios dos seus fundadores e é actualmente o maior contribuinte para o aumento das desigualdades sociais na Europa.
Os meus parabéns à Islândia por continuar independente. O futuro passa pela assinatura de acordos bilaterais com a UE e com outros estados membros de modo a salvaguardar os seus interesses, os seus recursos e a sua soberania.
Eduardo Dias        

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