Fiquei incrédulo com as reacções de muitos portugueses à morte de José Saramago! Não percebi!
Acusado de saír do País, de defender uma federação Ibérica ou mesmo de não dizer bem de Portugal, e claro de ser apoiante do partido comunista. Em minha opinião este é que era o principal problema.
Pergunto eu?
Será melhor dizer bem ou fazer bem? É sem dúvida fazer bem.
Saramago sempre fez bem e colocou o país no mais alto patamar da cultura mundial. São pessoas como estas que dignificam o país, que o dão a conhecer ao mundo, que o fazem crescer e que o colocam no topo da pirâmide mundial, neste caso da literatura. Aos portugueses que o criticaram e preferem glorificar e adorar maus políticos, corruptos e mentirosos, que em vez de fazer bem dizem bem, não tenho palavras para eles.
José Saramago sempre disse o que pensava, defendeu os seus ideais e não contribuiu de certeza nem colocou o país na lama nem na vergonha mundial que actualmente atravessa. Ele não contribuiu para a degradação histórica de uma Nação, antes pelo contrário, elevou-a ao máximo.
José Saramago vai ficar na história como um dos maiores vultos da cultura portuguesa, recordado e reconhecido em todos os cantos mundo, nesta sua passagem pela vida. Os outros adorados por alguns portugueses serão certamente esquecidos e ignorados.
Aos que o criticam, não vou responder, mas cada um é livre de dizer o que pensa e de defender os seus ideais.
Se Saramago defendia uma federação ibérica, eu vou mais longe e defendo uma união dos dois países num único só que até poderia ter o bonito nome de... Ibéria. Não são os orgulhosos e os patriotas que glorificam e fazem crescer um país. A história está escrita nos livros, está documentada e Portugal, ao que parece não a sabe preservar....
A José Saramago....
Eduardo Dias