Tem como accionista único o Estado Português e é uma empresa criada pelos nossos "ilustres" governantes para resolver os problemas causados pelos abutres do BPN, com o objectivo de minimizar os danos causados ao Estado pela corja de ladrões que presidiu aquele banco e as empresas associadas. Um desfalque que poderá ser superior a 9 mil milhões de euros. A sua nacionalização (pelo governo anterior) foi provavelmente o maior erro, a par de outros menos relevantes, que arrastaram o país para a situação actual.
Ora, esta magnifica empresa « tem por objetivo gerir, criteriosamente e com o sentido bem presente do “Interesse Público”, a carteira de créditos adquiridos no âmbito do processo de reprivatização do BPN».
A intenção até pode ser boa mas, segundo a imprensa de hoje e a ser verdade, acaba de assumir uma dívida de 17 milhões de euros de uma empresa de Luís Filipe Vieira, e do seu sócio, Almerindo Sousa Duarte. O estado acaba assim de herdar mais um crédito, classificado como incobrável a um dos homens mais ricos de Portugal e ao seu sócio. (O facto de ser Presidente do Benfica não deve, em minha opinião, ser chamado para o assunto, até porque a instituição Sport Lisboa e Benfica nada tem a ver com aquilo, e também não acredito que a dívida lhe seja perdoada por ser presidente de tão grande instituição).
Os casos de fraudes, de branqueamentos, de impunidade, de roubos sucedem-se dia após dia em Portugal e eu começo a sentir alguma vergonha por ser natural de um país onde os abutres e os ladrões de colarinho branco se multiplicam ano após ano sem que a justiça seja aplicada a todos por igual, como deve acontecer num estado de direito.
Assim sendo, afinal para que servem estas empresas, se depois os créditos "incobráveis" vão parar às mãos do Estado! Talvez, o "Cobrador do Fraque" desempenha-se melhor o papel.
A minhas questões: Será esta divida mesmo incobrável? Será que a Parvalorem está a cumprir os objectivos para a qual foi criada? Não será a Parvalorem uma empresa parva, criada por gente parva para fazer dos portugueses parvos?
As minhas dúvidas....
(Com todo o respeito pelos funcionários)
(Com todo o respeito pelos funcionários)
Eduardo Dias