Podem acusar-me de não ter "orgulho" no meu país. Detesto a palavra "orgulho"... e não a utilizo no meu vocabulário.
Podem acusar-me de desrespeitar um país com quase 900 anos de história. É falso. Tenho o maior respeito.
Mas, a minha opinião é que não vivemos do passado, mas sim do presente e do futuro. A História do país está escrita, registada e impossível de eliminar.
Sou defensor de uma união Ibérica, que até podia ter o bonito nome de IBÉRIA, da qual resultariam grandes vantagens para os dois países: Espanha e Portugal.
Esta minha convicção não é recente e também não tem nada a ver com o actual momento crítico em que o país se encontra ou com uma tentativa de nos retirarem do "fundo do poço" em que nos encontramos, até porque Espanha não está muito melhor.
Não acredito no actual modelo da União Europeia e cada vez mais são as potências económicas a ditar as regras tanto nos continentes como a nível mundial. Na União Europeia, esse poderio é alarmante e cada vez mais sufocante. Então porque não criar uma potência de "2ª linha"?
A Ibéria teria vantagens económicas, sociais, políticas e militares tanto para Espanha como para Portugal e aproveitando as vantagens geoestratégicas de ambos os países era a melhor forma da Ibéria se poder afirmar tanto ao nível europeu como mundial.
É um facto que não seria um processo fácil, mas
com empenho político de ambos os países, consultas populares e uma análise cuidada da constituição portuguesa e espanhola, de modo a torná-la numa só, poderia levar-nos à criação de um novo Estado: a Ibéria.
Para os mais cépticos ou patriotas, esta união não poderia ser comparada com as que já houve no passado (Dinastia Filipina ou mesmo antes da criação de Portugal em 1143), mas sim uma união livre e democrática ao contrário das anteriores. É evidente que perderíamos a soberania portuguesa, mas ganhávamos a soberania Ibérica e como disse anteriormente a História está meticulosamente registada, catalogada e impossível de eliminar.
Cada vez mais os dois países se estão a tornar "germano dependentes", não por vontade própria, mas por imposição. As últimas declarações da srª Merkel em relação a Portugal, Espanha e também à Grécia, a exigir menos férias e mais horas de trabalho,entre outras, são no mínimo humilhantes para ambos os países. A Alemanha não conquistou a Europa pela via militar (com o Hitler), mas conquista-a agora pela via económica, é a minha convicção. A srª Merkel é soberana sim, mas que o seja no seu país, pois nós dispensamos os seus "recados".
Aproveitando as boas relações entre os dois países e a conturbada situação económica e social da União Europeia, talvez esta fosse a altura ideal para iniciar contactos de ambas as partes para a criação do estado da Ibéria. Quem sabe.... um dia.
Por mim, Ibéria já. É a minha opinião....
Eduardo Dias
Porquê ficar por aí? Porque não fundir todos os países latinos europeus, já agora todos os países europes, já que vamos lançados porque não ser o mundo apenas um enorme país?? Uma enorme globalização de tudo. Esqueçamos, o individual, o particular, a pluralidade para sermos todos um, iguais e aborrecidos.Será que já não vale de nada a nossa identidade nacional, de história, de tradições, de luta, sangue, língua, tudo o que faz de nós quem somos. Portugal é o nosso cantinho do mundo. O futuro não pode ser encarado e levado pelo caminho mais simples e cómodo. Se a economia está mal, temos de nos levantar e lutarmos por nós próprios. Eu quando tenho um problema não espero que alguém o venha resolver por mim. Será que os austriacos querem ser alemães? Será que os belgas querem ser franceses? Uma pessoa que renega a sua origem demonstra fraqueza moral e um enorme despojamento de valores. Se está tão preocupado com o poderio económico da Alemanha, faça qualquer coisa contra, invista, crie um negócio, vença na vida, não espere que um vizinhe seu o venha fazer por si. Quando se lhe dificultar a vida, o que vai fazer? Apanhar um avião até Espanha e sentar-se ao colo de um espnhol a pedinchar por amparado? A sua opinião para mim, revela muito sobre si. Espero que a minha lhe revele muito sobre mim.
ResponderEliminarAmigo! É a minha opinião. É antiga e não tem a ver com a atual crise. Nunca fui de patriotismos, tanto respeito um português como um não português. Não devo nada à pátria e sempre cumpri e cumprirei com os meus deveres e obrigações. Gosto de Espanha e não tenho nada contra eles (ao contrário de muitos portugueses). Acusar-me de "fraqueza moral" ou "despojamento de valores", não vá por aí, não é o meu caso. Respeito a sua opinião e você só respeita a minha se quiser, daí o blog estar aberto a comentários.
EliminarCom os meus cumprimentos
Eduardo Dias
Olá, O Sr parece referir-se à pátria como quem se refere ao fisco ou às finanças.. “não devo nada à pátria”... “sempre cumpriu com as suas obrigações e deveres”O Sr deve tudo à pátria. A sua língua, nacionalidade, origens, tudo. Se tivesse nascido noutro país o sr seria uma pessoa totalmente diferente daquela que é, acredite. A sua obrigação e dever não é pagar as contas muitas vezes injustas, impostas por governos corruptos, não confunda as coisas. Isso são coisas totalmente diferentes. A sua obrigação e dever, sua e de todos nós é defendermos aquilo que é nosso. Se alguém quiser ficar com o que é seu, você não luta contra? Faz parte de se ser homem defender o que é nosso, com a vida se necessário. Defender a família, amigos, país, é parte integrante da honra de um homem. Diz que respeita um português como respeita qualquer outro mas ao querer a anulação do seu país está a desrespeitar o seu povo. Não existe maior desrespeito do que dizer a uma pessoa que o seu país não deveria existir. É o desrespeito a todo um povo. Muitos portugueses não gostam de Espanha, outros gostam bastante, isso é irrelevante, eu também gosto muito da Escócia e no entanto não quero ser escocês, isto a título de exemplo.
EliminarEu realmente entrei “a matar” e por isso queria pedir desculpa, o sr tem direito à sua opinião mas de facto entristece-me bastante que um colega português pense da maneira como pensa. O nosso país tem uma história riquíssima e linda com altos e baixos num carrossel de emoções e sentimentos vertiginosos mas devemos sempre dignificar os nossos antepassados. Obviamente temos de olhar para futuro e por isso temos de lutar mais forte para vencer as dificuldades, não podemos é encolher os ombros e deitar tudo a perder por causa de “economia”. As coisas estão mal mas não nos vamos vender. Não é conselho para ninguém que por falta de dinheiro, essa pessoa se deva vender, é a minha opinião.
Cumprimentos, bom fim de semana e até sempre.
João R.
Meu amigo... Mas o que ganharia-mos nós com essa tal Ibéria? Poderio económico? O poderio económico ganha-se através de boas políticas economico-financeiras. Temos cá tudo o que é necessário para sermos fortes, excepto a nossa classe politica podre e decadente. Se esses senhores fossem patriotas e metem-se o bem estar do país à frente dos seus joguinhos e esquemas para sacar o dinheiro ao povo e mete-lo no bolso, teríamos um país forte economicamente. Se conhece o seu país sabe que temos cá de tudo, se não conhece, aconselho-o a viajar. A única coisa que ganharia em se juntar á vizinha Espanha seria tamanho, mas o tamanho não é tudo. Existem muitos países bem maiores do que a "Ibéria" e são económicamente fracos. Um país é feito pelas pessoas, mas se as pessoas forem como voçê está a demonostrar ser,é óbvio que nenhum país anda para a frente. Ainda bem que Portugal ainda tem pessoas corajosas e patriotas.
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