quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

PSD... Quando se "roça" a ditadura!

Nunca fui militante. Nunca simpatizei com este partido. Mas tenho o máximo respeito pelo partido, por alguns militantes e pelos meus amigos e familiares que se identificam com ele.
Já disse várias vezes que o actual PSD tem atitudes e actos que, em minha opinião, se assemelham aos mais "ilustres" ditadores do universo político mundial. Digo mundial, porque muitas delas já ultrapassam aquele que foi para muitos o maior ditador nacional: António Oliveira Salazar.
A arrogância política do seu líder, o ódio à função pública, a "passadeira vermelha" aos que se mantêm fieis (na administração central, local e empresas públicas) com destaque para os "jotinhas", a disciplina de voto na Assembleia da República (em decisões que devem ser pessoais), querer proibir as candidaturas independentes a eleições, a cobardia com que se "verga" a alguns líderes europeus ignorando os seus cidadãos, a expulsão de militantes que "se desviam" do líder, entre outras....
São atitudes deploráveis do actual PSD. Mas este meu post deve-se à expulsão do partido do Dr. António Capucho.
António Capucho, fundador e militante do PSD, digno representante do partido, foi agora expulso pelo Conselho de Jurisdição Nacional do PSD, só porque não pactuou com o líder e concorreu ao poder local por uma lista adversária nas eleições autárquicas de 2013. É lamentável. Salazar já fazia o mesmo mas era um regime ditatorial e agora estamos numa democracia (embora eu a considere de falsa por não se respeitarem os principais Orgãos de Soberania) e muitos portugueses ainda acreditam neste partido que já foi democrático.
Com estas atitudes, os momentos áureos que ainda vive o PSD, devem-se única e exclusivamente ao elevado número de apolíticos portugueses e ao desinteresse dos jovens pela política em Portugal. A abstenção a rondar os 50% privilegia este partido. Os mais idosos, os menos cultos (na análise política), os subsidiados e os "boys" do partido (que é grande e tem muitos), continuam  fiéis e vão votar. 
O actual PSD está desfasado e não  se identifica com o PSD do tempo da sua fundação e a comprovar esta minha teoria está a queda de 40% na militância (pagantes) desde que Passos Coelho é o líder. E não é pela mísera quantia de 12€ anuais (6€ para os jotas) que o PSD perdeu 40% dos militantes nos últimos dois ou três anos. 
Lamento a expulsão do Dr António Capucho e o regime de chicote que reina no partido. Cada vez me convence mais que o actual PSD, prepara os "jotas" para o estrelato político e os políticos para o estrelato financeiro (nacional ou internacional). Não é necessário estar muito atento para verificar que a valorização pessoal, profissional e financeira dos seus elementos se sobrepõe aos interesses de Portugal e dos portugueses, quando deveria acontecer o contrário.
Interrogo-me eu? Será este o PSD defensor da democracia? Será o seu "núcleo duro" constituído por verdadeiros democratas? Não creio. Certo é que a liberdade política para alguns já acabou e começou logo por alguns ilustres do PSD.
Eduardo Dias
   

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