terça-feira, 6 de maio de 2014

Troika/governo de Portugal! "Saída limpa" mas de consciência suja.....

Com o aproximar do final do programa de resgate a Portugal, foi anunciado pelo governo de Portugal com pompa e circunstância uma "saída limpa".
Não percebo muito bem o termo de "saída limpa", mas entendo-o como uma limpeza à dignidade dos portugueses, à dignidade de um país, à perda de soberania e ao enxovalhamento político, económico e social de uma nação com mais de 800 anos de história.
Se "saída limpa" se traduz no retrocesso do nível de vida  em mais de 15 anos, desemprego a duplicar nos últimos 3 anos, desigualdades sociais cada vez maiores, dívida pública em valores nunca vistos.... Então? Imagino o que seria e como seria uma saída suja! 
Não me venham com a história de que vivíamos acima das nossas possibilidades. Não. Vivíamos, trabalhávamos e pagávamos os nossos impostos e outros deveres como nos era exigido e melhor do que agora. 
Acima das possibilidades, viviam e continuam a viver os dirigentes políticos (alguns) de sucessivos governos com especial incidência no actual, alguns banqueiros e alguns gestores. Estes sim. Quase todos eles conhecidos dos portugueses tornaram-se nos abutres da Nação. Levaram-na à ruína, enxovalharam-na e puseram em causa a sua própria soberania. O caso dos bancos, os submarinos, a face oculta, a banalidade da mentira....enfim. O uso e abuso do poder. Estes sim, tem a consciência suja, pesada e alguns deles já mesmo putrificada. Como me apetece dizer nomes!!!!
Os novos e modernos termos tais como "saídas Limpas", "mercados", "mercados adormecidos" ou mesmo "despertar dos mercados" servem de escape/desculpa a estes bisontes da sociedade para se redimirem ou desculparem das atrocidades cometidas.
O que mais me incomoda não é a situação actual nem a passada, porque essa temos que a resolver, é sim o futuro e se tivermos em conta a iliteracia política, o apartidarismo e o elevado número de apolíticos na sociedade portuguesa a situação complicar-se-á ainda mais.
Temos que ter a noção que vivemos num país ainda soberano, com um regime democrático e onde ainda existe alguma liberdade. As pessoas, o povo, os grupos e a sociedade tem mais poder do que a maioria dos portugueses imagina. O poder económico não se pode sobrepor à sociedade e temos que ter consciência que as pessoas ainda são mais importantes, embora haja iluminados que assim não o entendem. O governo de Portugal é um bom exemplo....
Nota: governo de Portugal foi propositadamente escrito com letra minúscula.
Eduardo Dias

     

quinta-feira, 27 de março de 2014

Os vermes da sociedade....e a deturpação da política!

A MENTIRA: são afirmações ou negações falsas ditas por alguém que sabe de tal falsidade mas com o objectivo de levar os outros a acreditar nelas. Coisa feia. Todos aprendemos na escola que o acto de mentir é feio e incorrecto  mas há quem insista na mentira.
O POLÍTICO: É um indivíduo activo na política que influencia  a maneira como uma sociedade é governada, através dos seus conhecimentos políticos. A sua missão é exercer com nobreza a Política que não é mais do que a arte ou ciência da organização. Segundo Aristóteles, "a Política é a ciência que tem como objecto a felicidade humana".
O  estado débil da sociedade portuguesa (económico, social e financeiro) não se deve à política que, embora não seja uma ciência exacta  rege-se por conhecimentos criteriosamente organizados, mas deve-se sim aos políticos (alguns) ou falsos políticos que a praticam porque são incapazes de com ela "proporcionar a felicidade humana".
A política é uma ciência humana que deve ser respeitada e nem todos estão aptos a exercê-la. Em Portugal é o contrário. Qualquer um pode ser político, auto intitula-se de político ou exerce a actividade política (basta ter a 4ª classe/ano) mesmo que  muitos deles não saibam sequer o que é a política. 
Os políticos (alguns) em Portugal usam esta ciência para proveito próprio, passam por lá mesmo sem serem creditados, para preparar o seu próprio futuro. Pior ainda é que usam e abusam da mentira para convencer o cidadão comum a acreditar nas sua falsas ideologias aproveitando-se assim da "ignorância" ou desconhecimento político de muitos portugueses. Estas passagens proporcionam na maioria dos casos futuros risonhos.
É comum em Portugal ver "políticos" em altos cargos como ministros ou secretários de estado (de passagem) que não são mais do que criaturas que envergonham e usam a política para proveito próprio, dos familiares ou dos amigos. Eles são os responsáveis pela desorganização económica, social e financeira do país. São eles que nomeiam os (seus amigos) consultores, os (seus amigos) administradores de empresas públicas e responsáveis pelas maiores derrapagens financeiras que posteriormente vão recair sobre o Estado.
Muitos dos (falsos políticos) que exerceram funções governamentais (de passagem) têm agora ou posteriormente altos cargos em grandes empresas privadas, multinacionais ou na alta finança mundial graças à sua passagem pela política. Todos eles viram a sua situação profissional e económica subir exponencialmente independentemente do trabalho mais ou menos repugnante enquanto exerceram a sua "actividade política".
São para mim os vermes da sociedade que usam a mentira para proveito próprio e responsáveis pela deturpação da política em Portugal.
Vermes ainda é um elogio se compararmos por exemplo com a importância do papel desempenhado pelas minhocas na ecologia, os políticos (alguns) portugueses ficam muito aquém.
Eduardo Dias  

sexta-feira, 14 de março de 2014

O manifesto do diabo!

Quando os subscritores do "manifesto pela reestruturação da dívida pública" o assinaram, provavelmente não imaginavam que este documento iria provocar, quase que, uma "hecatombe" nas hostes políticas portuguesas. O número de vítimas, odiados, enxovalhados, mal tratados e descredibilizados de que têm sido vítimas os subscritores deste "célebre" documento soma e segue.
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, ter-se-á sentido ofendido e começou por dar o exemplo assim que soube do documento e que dois dos seus consultores o tinham assinado. Exonerou de imediato Vítor Martins e Sevinate Pinto. Atitude lamentável (mais uma) do Presidente da República, mas que, serviu pelo menos para estes dois senhores consultores (funcionários da Presidência da República) saberem o que é a "verdadeira" democracia em Portugal.
O primeiro ministro também reagiu de imediato e bastante irritado, como tem andado nos últimos tempos, não deixou de considerar que falar em reestruturar a dívida pública é masoquismo e que "essa gente" que assinou o manifesto, não estão mais do que a "negar a realidade". De uma assentada, o primeiro ministro descredibilizou 74 notáveis da sociedade portuguesa (com uma linguagem pouco digna de um primeiro ministro) e deitou por terra o célebre documento.
Para mim, se falar em reestruturar a dívida pública é masoquismo, então cortar salários, cortar pensões, cortar no estado social, na saúde e na educação não o será? Assim, e como referiu Nicolau Santos no Expresso, também eu prefiro ser masoquista.
Também o FMI (o maior saqueador do universo) opinou negativamente. Reestruturar nem pensar, há que pagar o mais rápido possível sem olhar as consequências já que assim aumentam as probabilidades de cá voltar uns anos mais tarde.
Bagão Félix, um dos subscritores, foi dos primeiros a reagir ao "enxovalhamento público das 74 vítimas" e atacou forte os alinhados à troika e em especial o primeiro ministro. Segundo Bagão Félix, tendo em conta a actual situação do país e a presença da troika em Portugal, não podemos falar em reestruturar a dívida ou opinar sobre ela porque assim podemos melindrar alguém (primeiro ministro e presidente da república incluído), lançar sinais errados aos "assombrosos" mercados ou ferir o "embuste" a que chamam troika. Concordo. 
Perdemos a soberania, somos roubados mês após mês, a liberdade é cada vez mais limitada, mas não nos vão (conseguir) obrigar a "enterrar a cabeça na areia"!
Permitam-me concluir que o grupo dos "alinhados à troika" se consideram as pessoas mais inteligentes do país....... Mas não o são, bem pelo contrário.
Eduardo Dias  

terça-feira, 11 de março de 2014

Governo de Portugal! Não nos humilhem mais por favor...

Hoje, o "jornal da uma" da TVI teve início com três notícias/intervenções de membros do governo de Portugal. Com qualquer uma delas senti mais uma vez que os argumentos usados pelos nossos ministros têm como principal objectivo vangloriarem-se a eles próprios e ao seu trabalho, fazendo dos portugueses ingénuos e ignorantes. 
Na primeira, a ministra da Justiça inaugurava a sede da polícia judiciária, uma das maiores do mundo (e nisto é que nós somos bons) e a sua primeira preocupação foi dizer que conseguiu reduzir o preço da obra de 103 para 85 milhões de euros "coisa que outros disseram não ser possível". Quanto à primeira parte  há que dar mérito, a segunda era desnecessária e já agora, se a Parvaloren não perdoasse os 17 milhões de euros à empresa de Filipe Vieira e do seu sócio e o (desleixo do) tribunal 1 milhão a Jardim Gonçalves o estado poupava mais 18 Milhões (18+18=36 milhões) o que era melhor. Os recursos humanos, a dignidade das pessoas e as condições de trabalho, ficam para outra altura.
Na segunda, o ministro da Administração Interna veio enaltecer "a atitude irrepreensível" das forças de segurança na manifestação destas mesmo, no passado dia 6 de Março. Pergunto eu? Será que para manter a ordem, numa manifestação de forças de segurança, é necessário um dos maiores dispositivos de forças especiais vistas em Portugal? Será que confia nas suas forças de segurança? Foi para si um exemplo irrepreensível aos olhos portugueses? Senhor ministro, não somos ingénuos e sabemos que nem tudo vai bem.
Na terceira, o primeiro ministro falava de um "manifesto de reestruturação da dívida" assinado por figuras nacionais de renome e de vários quadrantes. Políticos (esquerda e direita), ex ministros das finanças, Economistas, empresários etc. e que pretende ser um "apelo de cidadão para cidadão".
Já se esperava a resposta negativa do primeiro ministro e este justificou-se com a "mensagem errada aos mercados" e com "a mensagem errada a todos os países que esperam que Portugal cumpra as suas obrigações". Será que o primeiro ministro não sabe que reestruturar a dívida não é deixar de pagar? Será que o manifesto não merece sequer uma análise rápida, atendendo às figuras envolvidas? Será que as setenta personalidades é que estão erradas e o primeiro ministro correcto?
Não. É a dificuldade em aceitar a opinião dos outros. Este manifesto só teria sucesso se tivesse a assinatura de Angela Merkel e, mesmo assim os mercados e os outros (que nos ajudam/roubam) estarão sempre à frente dos portugueses. É triste.
Embora nos queiram fazer passar por isso, nós portugueses não somos ingénuos, não somos parvos e muito menos ignorantes....
Eduardo Dias 


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A Islândia e a União Europeia....

A Islândia acaba de dar um "passo de gigante" no seu futuro, com a retirada do pedido de adesão à União Europeia (UE). Esta é a minha convicção.
Mesmo sem ser membro da União Europeia a Islândia já sofre na pele a pressão do "Abutre" europeu no que toca às cotas de pesca, nomeadamente da cavala e do arenque. Não sou contra as cotas, neste caso da pesca, mas elas devem ser utilizadas como preservação das espécies e não como interesses transfronteiriços dos países mais poderosos. 
A UE é especialista nestas "jogadas de bastidores" e acredito que se preparava já para acenar com muitos milhões de euros aos proprietários da frota pesqueira islandesa para abate de uma grande parte dessa mesma frota. Já aconteceu assim com Portugal e não iria ser diferente com os islandeses.
Ainda a recuperar de uma crise financeira (2009), a Islândia tornava-se assim uma presa fácil para o papão (UE) e com a entrada de muitos milhões de euros nos primeiros anos, aniquilavam-se os recursos, e posteriormente seguir-se-ia o resgate ou a ajuda com as consequentes medidas de austeridade. A juntar a tudo isto, havia ainda a perda de soberania, o enxovalhamento mundial e a pobreza/miséria dos seus habitantes, coisa que não devem estar muito habituados. Com sorte, a Srª Merkel já não seria chanceler da Alemanha, porque se ainda o fosse, a situação seria bem mais complicada.
Países com uma economia débil, muito dependente de um único sector de actividade (embora a Islândia nas últimas décadas tenha apostado no turismo e na indústria) e com uma moeda forte (no caso de aderir ao euro), e tendo em conta que as "sanguessugas" da União Europeia se instalariam de imediato, seria meio caminho para a ruína.
Actualmente a União Europeia é uma farsa (excluindo a livre circulação de pessoas e bens), não respeita os princípios dos seus fundadores e é actualmente o maior contribuinte para o aumento das desigualdades sociais na Europa.
Os meus parabéns à Islândia por continuar independente. O futuro passa pela assinatura de acordos bilaterais com a UE e com outros estados membros de modo a salvaguardar os seus interesses, os seus recursos e a sua soberania.
Eduardo Dias        

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

PSD... Quando se "roça" a ditadura!

Nunca fui militante. Nunca simpatizei com este partido. Mas tenho o máximo respeito pelo partido, por alguns militantes e pelos meus amigos e familiares que se identificam com ele.
Já disse várias vezes que o actual PSD tem atitudes e actos que, em minha opinião, se assemelham aos mais "ilustres" ditadores do universo político mundial. Digo mundial, porque muitas delas já ultrapassam aquele que foi para muitos o maior ditador nacional: António Oliveira Salazar.
A arrogância política do seu líder, o ódio à função pública, a "passadeira vermelha" aos que se mantêm fieis (na administração central, local e empresas públicas) com destaque para os "jotinhas", a disciplina de voto na Assembleia da República (em decisões que devem ser pessoais), querer proibir as candidaturas independentes a eleições, a cobardia com que se "verga" a alguns líderes europeus ignorando os seus cidadãos, a expulsão de militantes que "se desviam" do líder, entre outras....
São atitudes deploráveis do actual PSD. Mas este meu post deve-se à expulsão do partido do Dr. António Capucho.
António Capucho, fundador e militante do PSD, digno representante do partido, foi agora expulso pelo Conselho de Jurisdição Nacional do PSD, só porque não pactuou com o líder e concorreu ao poder local por uma lista adversária nas eleições autárquicas de 2013. É lamentável. Salazar já fazia o mesmo mas era um regime ditatorial e agora estamos numa democracia (embora eu a considere de falsa por não se respeitarem os principais Orgãos de Soberania) e muitos portugueses ainda acreditam neste partido que já foi democrático.
Com estas atitudes, os momentos áureos que ainda vive o PSD, devem-se única e exclusivamente ao elevado número de apolíticos portugueses e ao desinteresse dos jovens pela política em Portugal. A abstenção a rondar os 50% privilegia este partido. Os mais idosos, os menos cultos (na análise política), os subsidiados e os "boys" do partido (que é grande e tem muitos), continuam  fiéis e vão votar. 
O actual PSD está desfasado e não  se identifica com o PSD do tempo da sua fundação e a comprovar esta minha teoria está a queda de 40% na militância (pagantes) desde que Passos Coelho é o líder. E não é pela mísera quantia de 12€ anuais (6€ para os jotas) que o PSD perdeu 40% dos militantes nos últimos dois ou três anos. 
Lamento a expulsão do Dr António Capucho e o regime de chicote que reina no partido. Cada vez me convence mais que o actual PSD, prepara os "jotas" para o estrelato político e os políticos para o estrelato financeiro (nacional ou internacional). Não é necessário estar muito atento para verificar que a valorização pessoal, profissional e financeira dos seus elementos se sobrepõe aos interesses de Portugal e dos portugueses, quando deveria acontecer o contrário.
Interrogo-me eu? Será este o PSD defensor da democracia? Será o seu "núcleo duro" constituído por verdadeiros democratas? Não creio. Certo é que a liberdade política para alguns já acabou e começou logo por alguns ilustres do PSD.
Eduardo Dias
   

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Cristiano Ronaldo....e a justiça desportiva.

Depois do cartão vermelho a Cristiano Ronaldo no fim de semana passado, coisa rara, soube-se agora o castigo aplicado ao jogador pelo comité de competição espanhol. Três jogos de castigo. Um jogo de castigo pelo "puxão" de cabelo ao adversário, que em meu entender foi mais para testar a oleosidade do cabelo de Iturraspe, e dois jogos pelos dois ou três estalos que deu a ele próprio quando abandonava o relvado.
Leva-me a concluir que em terras de "nuestros hermanos" não se pode ser "um pouquinho" masoquista. A aplicar este castigo, deveria ser no mínimo ao contrário, dois jogos pelo "teste da oleosidade" a Yturraspe e um jogo pelo acto masoquista de Cristiano Ronaldo.
Não deixa de ser um "excesso de autoritarismo" do comité de competição espanhol e um descrédito para Yturraspe, já que dois ou três "auto estalos" de Cristiano Ronaldo são mais importantes que um "teste de oleosidade" ao seu cabelo. Assim, não vai ter o apoio de marcas como a linic, a tresemmé ou outra qualquer.
Acredito que esta decisão do comité, caricata e pitoresca, provoque algum mau estar nos organismos do futebol espanhol e muita indignação ao jogador e às gentes afectas ao Santiago Barnabéu.
Tal como em Portugal, no mundo desportivo e mais propriamente no futebol  também em Espanha outras forças se sobrepõem....
Força Cristiano Ronaldo.....e parabéns pelo teu aniversário.
Eduardo Dias    

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Joan Miró...

Não tenho vergonha de ser português, mas tenho vergonha, e muita, do actual Estado português ou melhor, dos governantes (ministro, ministros, secretários de estado, assessores, etc.) que lideram uma nação com 900 anos de história. Envergonho-me do respeito que os governantes de Portugal nutrem pela cultura. Neste caso pela arte de Joan Miró.
Para os actuais líderes políticos, outros valores se sobrepõem nomeadamente o sector financeiro e a preparação do futuro individual de cada um deles. 

Desde que este governo tomou posse é notória a sua falta de interesse pela cultura, mas não pensei que pudesse chegar tão longe. Portugal, nunca mais vai conseguir uma colecção de arte de Joan Miró como esta que, neste momento, ainda é proprietário dela. Amanhã (talvez) já não o será. Para mim, não passam de pessoas incultas que "deitam fora" um tesouro que pertence ao Estado português e que agora vai a leilão. Vergonhoso!

Uma riqueza cultural que assim se esbanja e os 40, 50 ou 60 milhões de euros do leilão poderão ir direitinhos para financiamentos a partidos políticos (que nada tem de cultural), financiamento de caravanas ministeriais, mordomias de ministros, de  presidentes da república ou, não sei mais o quê.
Portugal acabou com o cancro BPN,  criou a Parvaloren cujo nome já por si é duvidoso (da qual já falei neste blog), e que tem como objectivo gerir os "lixos tóxicos" do BPN. É ela a responsável deste leilão e imagine-se, tão novinha, ignorou desde logo os princípios básicos da lei de bases do património cultural. É muito arrogante por parte desta empresa, mas basta dar uma espreitadela nas suas contas de 2013 e ver quanto os contribuintes (Estado) lá  injectaram no ano anterior e tirar conclusões do que nos espera. Para mim um segundo BPN mas mais sofisticado.
O país de ignorantes que Teófilo Braga já anunciava no inicio do séc. XX, não evoluiu  muito, começando pela administração central, que parece não ter a noção do valor patrimonial (e monetário) que tem a colecção de arte de tão ilustre pintor e escultor catalão.
Apetece-me dizer (em linguagem brejeira) o que é que vai nessa cabecinha Jorge Barreto Xavier (secretário de estado da cultura). Nada me impede de pensar se não se trata de interesse pessoal, vaidade, auto promoção ou mesmo "preparar o futuro", sendo o principal signatário, por conseguir levar tão ilustre colecção de arte a um dos maiores palcos de leilões do mundo: A Christies de Londres.
Esta gente está a causar danos irreversíveis a Portugal e os portugueses continuam impávidos, sem reacção!
 "Acorda meu povo"....
Portugal começou a ser vendido aos bocadinhos.... A Cultura vai ficar mais pobre.... e os abutres em Portugal deixaram de ser necrófagos.... 
Eduardo Dias



   

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Pete Seeger!

Hoje a música ficou mais pobre. Para mim, o melhor género musical, o folk , perdeu aquele que muitos consideram ser o seu pai, ou um dos seus criadores. Morreu Pete Seeger.
Pete Seeger foi um "monstro", no bom sentido, da música folk americana e serviu de inspiração a muitos músicos de renome como Joan Baez, Bob Dylan ou Bruce Springsteen entre outros.
Pete Seger não foi só um excelente cantor e compositor foi também um lutador da causa ambiental, um activista e um defensor dos direitos humanos. Foi o criador da "música de protesto" sendo o "we shall overcome" uma das mais emblemáticas e que se veio a tornar mais tarde o hino do movimento americano dos direitos civis.
A sua vida nem sempre foi fácil e o seu ar rebelde, a par de tantos outros, causaram-lhe alguns problemas. Foi perseguido pelos serviços secretos americanos, acusado de ser comunista (coisa proibida nos EUA) mas mesmo assim não se intimidou e chegou mesmo a viajar para Cuba e a cantar com grandes nomes da música cubana.
Pete Segeer partiu mas deixou um legado musical difícil de apagar da História e um grupo de seguidores que não o vão esquecer tão cedo mas, não tenhamos dúvidas que o folk americano ficou mais pobre.
Foi inspirador de muitos artistas mas dois, que provavelmente aprenderam muito com ele, são para mim os génios ainda vivos da música folk americana: Bob Dylan e Joan Baez.  O mundo da música e em especial os amantes deste género musical estão gratos ao génio. Ao fim de sete décadas de criatividade, alegria e boa música o ídolo foi-se embora!!!
Obrigado Pete Seeger....
Eduardo Dias




sábado, 25 de janeiro de 2014

Lyubov Orlova. O "monstro" dos mares.

Começa a ser cada vez mais preocupante a insensibilidade que as Nações têm umas pelas outras. Este "salve-se quem puder" é comum à maioria delas, independentemente de serem muito ou pouco desenvolvidas, ricas ou pobres, do norte ou do sul. A área económica e social, talvez devido à mediatização, são aquelas que mais evidenciam a crueldade do ser humano (e das Nações), mas o caso do Lyubov Orlova é mais uma questão ambiental.
O Lyubov Orlova é um navio de cruzeiro de expedição construído em 1976 (de bandeira Russa até 1999 e actualmente de bandeira das Ilhas Cook) que navega há cerca de um ano em alto mar, à deriva, em local incerto, e com uma tripulação de milhares de ratazanas "canibais".  As ratazanas esfomeadas e infestadas de  doenças tornaram-se canibais devido à falta de alimentos.
A aventura caricata do navio começou há mais de um ano, quando aportou em ST. Jhones na Terra Nova (Canadá), e os seus tripulantes por falta de mantimentos e de pagamento abandonaram o navio. Mais uma série de peripécias, com uma batalha legal pelo meio e a consequente falta de acordo, o navio foi rebocado por uma empresa canadiana para alto mar.
Cientes que o "embuste" já não punha em perigo os poços de petróleo e gás natural, e a probabilidade de voltar para águas canadianas (à deriva) ser quase nula devido a ventos e correntes marítimas favoráveis e, já em águas internacionais, cortam-se ou partem-se(???)  os cabos de ligação ao rebocador e abandona-se o navio. A Terra Nova, melhor o Canadá livrou-se assim de tão ilustre "flutuante" à deriva com uma tripulação animalesca composta por milhares de elementos indesejáveis, em águas internacionais, e que mais tarde ou mais cedo, caso não se afunde o que é pouco provável, vai ser um presente envenenado para qualquer outro país do mundo. O Canadá não ficou bem na fotografia e não deixa de ser um dos principais responsáveis pelo "monstro dos mares" que continua em parte incerta.
Mas, nós portugueses com a sorte que temos, mais tarde ou mais cedo, temos fortes probabilidades de avistar o Lyubov Orlova junto da costa portuguesa. Não há problema, é que com o nosso poderio económico, resolvemos o problema de imediato nem que seja para o parque subaquático de Portimão para fazer as delicias dos mergulhadores. Ficamos mais ricos e aumentamos assim a nossa frota naval, muito debilitada nos últimos anos.
Eduardo Dias

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Quando o aprendiz tenta enganar o mestre.

Não me surpreendeu quando hoje ouvi Pedro Passos Coelho dizer que não se dirigia ao Prof. Dr.  Marcelo Rebelo de Sousa ao afirmar que o próximo Presidente da República deve ter um certo perfil, melhor "um perfil genérico", que ele próprio traçou. Segundo ele, deve ser e agir "mais como um árbitro ou moderador, evitando tornar-se uma espécie de protagonista catalisador de qualquer conjunto de contrapoderes ou num catavento de opiniões erráticas em função da mera mediatização gerada em torno do fenómeno político" ou da "popularidade fácil".
Para mim tratou-se, não de um recado, mas sim de um afastamento directo em praça pública do Professor à corrida a Belém. Não é necessário ser muito inteligente para perceber isto. Passos Coelho quer um candidato de preferência "igualzinho" a Cavaco Silva. O ideal seria um copy past e assim conseguiria o "perfil genérico" que tanto deseja para Belém.
Saiu-se mal. O Prof. Marcelo não é um ignorante e apanhou a dica, coisa que Passos Coelho não está habituado. 
Esta legislatura tem sido pautada por actos e atitudes que "roçam" a ditadura, mais parece uma "falsa democracia" ou uma democracia encapotada, criada pelo próprio executivo. O hábito ou a tendência de fazer dos outros estúpidos ou ignorantes nem sempre resulta e os discursos para incultos, muito típicos dos grandes ditadores, também já não são uma boa estratégia em democracia, mesmo que esta não seja verdadeira.
Neste duelo de ziguezagues e indiretas entre aprendiz e mestre, o mestre saíu-se melhor, deu uma lição, mostrou não ser um ingénuo político e saiu de cena de cabeça erguida.
Qualquer cidadão minimamente informado sabe que as palavras de Pedro Passos Coelho visavam o Prof. Marcelo, e esta tentativa de exclusão (aparentemente conseguida) deve-se única e exclusivamente às verdades (em linguagem acessível a qualquer cidadão), que este tem dito em directo na TVI, sobre os malabarismos do XIX governo constitucional. 
Que Pedro Passos Coelho não o queira assumir é uma coisa, mas certo é que com um "golpe baixo" conseguiu,  enquanto desenhava o seu "perfil genérico", afastar de imediato um forte candidato a Belém.
Não é muito correto em democracia! Mas tal como eu disse......
Eduardo Dias  

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Cristiano Ronaldo... condecorado.

Cristiano Ronaldo vai ser condecorado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique. Acredito que muitos dos portugueses não concordem mas, por mim e sendo defensor "dos louros a quem os merece"  já devia ter acontecido.
Por vezes tenho sido criticado por defender que personalidades ligadas ao desporto ou às artes, merecem ganhar milhares ou mesmo milhões, merecem ser distinguidos ou condecorados como qualquer cidadão e merecem ainda ser acarinhados e vangloriados pelos seus feitos. E porquê? Porque são eles que dignificam o país, que lhe dão projecção internacional, que o fazem crescer economicamente e porque são seres humanos....
Cristiano Ronaldo é actualmente o português que melhor representa o país e o que mais o projecta além fronteiras. É o melhor exemplo de cidadão que um país pode ter, o melhor exemplo profissional e intelectual para qualquer jovem, um exemplo de força, dedicação e trabalho. Um verdadeiro Ser Humano merecedor de tão ilustre distinção.
São pessoas assim que fazem a diferença, independentemente da área ou sector de actividade onde actuam e o país tem por obrigação retribuir.
Quando estes actos acontecem ou são apresentados surgem sempre as vozes mais críticas mas, nem todos se lembram ou reconhecem que as crises e os problemas financeiros que tem acontecido em Portugal ao longo dos anos, não se devem a tão ilustres personalidades, mas sim a (falsos/reles) políticos e corruptos, uns ainda no activo e outros que depois de "abastecidos" se afastaram pela surdina. Ao contrário dos heróis, estes sim enxovalharam, denegriram e envergonharam uma Nação que se chama Portugal....
Mas Cristiano Ronaldo é diferente. O mundo do desporto já o glorificou...já lhe agradeceu. Agora chegou a vez de Portugal.
Parabéns Cristiano Ronaldo! Tu mereces.
Eduardo Dias 



terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Eusébio... Até sempre.

Partiste! Foste embora.....
Todos sabemos que mais cedo ou mais tarde vamos embora porque a vida não é mais do que uma passagem pelo mundo para todos nós. Uns vão mais cedo, outros vão mais tarde. Tu foste cedo demais. 
E porquê? Porque o que diferencia o ser humano, nesta passagem, é o legado que deixa aos que cá ficam. O teu foi grande, foi enorme, é inesquecível. Foi uma dádiva para as gerações actuais e futuras.
Tiveste a sorte de pertencer ao Sport Lisboa e Benfica, uma instituição que sempre te acarinhou, a um país que sempre te vangloriou, Portugal, e teres nascido noutro país que nunca te esqueceu, Moçambique.
Não fizeram nada de mais porque tu contribuíste para a riqueza deles e ao longo da tua vida retribuíste, e de que maneira, o carinho que países, instituições e pessoas te deram ao longo da vida. Tu eras especial.
Mas... tu foste embora. Todos te dissemos adeus, cada um à sua maneira. Batemos palmas, chorámos... enfim dissemos-te até um dia. O teu Benfica fez-te tudo o que lhe pediste. Foi bonito.
Mas, mesmo depois de partir, ainda conseguiste outra proeza que revela bem a tua grandeza como ser humano, a tua humildade e o quanto eras especial. Tu conseguiste unir, em torno de ti, todos os quadrantes da sociedade portuguesa sem excepção. Da politica, do desporto, da cultura, enfim toda a sociedade deu as mãos, uniu-se e disse-te adeus. Esta união é tão difícil e só pessoas especiais como tu a conseguem fazer.
Também o Mundo te disse adeus e mostrou-nos a todos que eras Grande, que eras Universal. Mas nós já sabíamos....
Para ti... Eusébio da Silva Ferreira
Obrigado e até sempre
Adeus Pantera Negra       

Eduardo Dias