segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Portugal ! Os monstrinhos que criaram o "Monstro".

Todos estamos de acordo e ninguém duvida da situação difícil que Portugal e os portugueses vivem neste momento. Para além de ser enxovalhado internacionalmente, atravessa uma das piores crises sociais e económicas de que há memória, crise esta que levou ao aparecimento de um "monstro", (palavras do Srº Presidente da República e do Srº 1º Ministro) em Portugal: O deficit do estado e por consequência a dívida pública.
Mas como apareceu este "monstro"?
 Não foi por culpa dos trabalhadores quer sejam do sector privado ou do sector público, como alguns hipócritas querem fazer crer e passar para a opinião pública. Numa frase infeliz, o 1º Ministro disse que "é o Estado que paga o sector público e as empresas o sector privado", da qual todos concordamos mas, esqueceu-se foi de dizer que é o sector público que garante os serviços sociais e todos os direitos dos cidadãos (ao abrigo da Constituição da República Portuguesa) como a educação, a saúde, a justiça, a defesa, entre outros, grátis ou a preços reduzidos e que todos reclamamos. Estes funcionários têm que ser pagos e cabe ao Estado esta tarefa. Para mim, amadorismo de 1º Ministro ou intenção de "abrir uma guerra" entre sector público e sector privado.
A verdadeira génese do "monstro" está na classe política ou melhor, numa série de políticos incompetentes que ao longo da última década lideraram ministérios, governos e outros altos cargos, servindo da pior forma os interesses da Nação Portuguesa. Eles, foram a pouco e pouco construindo aquilo a que agora alguns apelidam de "monstro".
A classe política, além de ser a única que passa impune a qualquer barbaridade (política, económica, social, sexual, etc...) está ligada às maiores derrapagens financeiras, aos maiores casos de corrupção, às obras faraónicas descabidas da conjuntura atual, às birrinhas partidárias e mesmo a alguns desfalques financeiros que têm arruinado a economia portuguesa. Para a classe que tem mais mordomias/regalias económicas e sociais e nem sequer tem um sistema de avaliação que tanto reivindica para a classe trabalhadora, é muito mau.
Agora, quase todos os políticos encontraram um culpado e tem que ser ele a destruir o "monstro": Os trabalhadores.
Os monstrinhos, continuam impunes e intocáveis nas suas mordomias e cada vez a engordar mais, já que as célebres "gorduras do estado" foram poupadas quase na totalidade. Depois de bem gordinhos, terão lugar garantido em qualquer instituto, fundação ou empresa, de preferência internacional (para passarem mais discretos), não pelos serviços prestados à Nação, mas sim por serem conhecedores dos meandros mais sofisticados da corrupção e pelos conhecimentos adquiridos com altas individualidades nacionais e internacionais, enquanto serviam a pátria.
É desumana a forma como estes monstrinhos, os atuais porque os anteriores já estão nos seus pelouros dourados, estão a servir a sociedade em geral e em particular aquela que trabalha e que teve a infelicidade de ter como empregador o Estado português. 

Aos monstrinhos que criaram o "monstro"....

Nota: Com todo o meu respeito pelos políticos, este meu comentário não é dirigido a toda a classe política mas sim a uma parte dela, isto é, aos verdadeiros responsáveis pela situação do País e que são fáceis de identificar. Para mim não deixam de ser os monstrinhos nacionais.
Eduardo Dias