quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

União Europeia! Será que ainda faz sentido?

Cada vez me interrogo mais se ainda faz sentido a União Europeia, melhor, o sonho dos inspiradores da CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço), Robert Schuman e Jean Monnet.
Sempre fui crítico e cético a esta união de Estados (social, política e económica) porque sempre senti que se tratava de um domínio dos Estados mais fortes sobre os Estados mais fracos. Os "rios" de dinheiro (quadros comunitários de apoio) enviados para os novos países aderentes, pouco controlados na aplicação e com prazos curtos e rígidos, serviram de isco para a subjugação futura dos Estados mais pobres sobre os mais ricos, nomeadamente a Alemanha e a França.
Portugal, muito dependente do sector primário (agricultura e pescas) foi sem dúvida um dos países mais afetados e a aplicação da PAC (política agrícola comum) foi como que a "estocada final" para a dependência da União Europeia. A aplicação de quotas de produção, aliadas aos subsídios para desincentivar a produção agrícola e para abater frotas de pesca ao longo dos anos, deixam-nos agora numa situação de pobreza alarmante a fazer lembrar, ou relembrar, os tempos da ditadura.
Atualmente a situação complicou-se ainda mais com a chamada "crise dos mercados", embora eu lhe prefira chamar a ascensão dos especuladores, porque, são eles que propositadamente provocaram esta crise e, a pouco e pouco, a palavra "mercados" substituirá a palavra democracia. Exemplo disto, é o que aconteceu ultimamente na Irlanda, Grécia, Portugal e Itália, em que "os mercados" conseguiram derrubar governos democraticamente eleitos e substituí-los por "fulanos" ao serviço dos mercados vindos diretamente de instituições como FMI, BCE, etc. (Mário Monti-Itália, Lucas Papademos-Grécia, Vítor Gaspar (Min. Finanças)-Portugal etc.) e assim governar os países ao bom sabor dos "mercados". A seguir a estes 4 países, outros virão a seguir.
Pergunto eu:
Será que vale a pena exercer o direito de voto sabendo nós que passado pouco tempo os "mercados" vão substituir-se aos eleitores? A minha dúvida.
Será que ainda alguém chama de democracia o que se vive atualmente nestes países? Creio que não e se alguém disser que é democracia não conhece o seu conceito.
Será que atualmente em Portugal se vive em democracia? Para mim não, embora tenha sido uma eleição livre e democrática, mas "forçada", não deixa de ser uma ditadura (quase repressiva) comandada do exterior onde se perdeu por completo o respeito pelas pessoas, instituições e Constituição da República Portuguesa.
Como disse anteriormente, é a subjugação total dos mais fracos aos mais fortes. Esta subjugação agudizou-se nos últimos tempos com a "criação" do célebre "Bloco Franco-Alemão", melhor a "amizade Merkel/Sarkosy" ou melhor ainda a "aliança Merkosy" a fazer lembrar os tempos da guerra fria e que hipotecou por completo a União Europeia, se é que ela alguma vez existiu.
 Atualmente vive-se uma falsa união de Estados dependentes do referido bloco, com um futuro incerto e hipotecado, em que quem impõe as regras são unicamente a França e a Alemanha. A maioria dos outros países, uns liderados por uma "cambada de lambe botas" e outros pelos novos mensageiros dos mercados, acobardam-se perante o seu povo, ignoram a História, abdicam da autonomia e aplaudem todas as decisões meticulosamente elaboradas pelo "bloco franco-alemão", melhor, a "aliança Merkozy".
Incomoda-me ouvir o Primeiro Ministro de Portugal dizer: "A srª Merkel não tem culpa nenhuma da atual situação económica da zona euro". Eu considero que ela tem uma parte da culpa, mas pior são as regras que pretende impor à União Europeia, a fazerem lembrar um tal senhor, também ele alemão, que na década de 40 quis conquistar a Europa e muito mais pela via das armas. Esta senhora, pretende conquistá-la pela via do capital.
Mas como nem todos são estúpidos, o Reino Unido deu no último Conselho Europeu uma lição ao "bloco franco-alemão", porque a maioria dos outros países são meros espetadores, do que é a soberania de um Estado e como se defende a História, a cultura, a autonomia e a democracia de um povo ao dizer não às pretensões da dupla maravilha da União Europeia: Merkel/Sarkosy.
Esperamos que a União Europeia não se transforme em desunião europeia, que os "mercados" não substituam as democracias e que a ascensão dos especuladores e o bloco "franco-alemão" sejam extintos de vez.
Eduardo Dias
  

domingo, 4 de dezembro de 2011

Feliz Natal e bom ano 2012...

O Memorial blog65 deseja a todos os seus visitantes um feliz Natal e um Bom Ano 2012.....

FELIZ NATAL E BOM ANO 2012
Merry Christmas and good year 2012
Joyeux Noël et bonne année 2012
Frohe Weihnachten und guten Jahr 2012
Feliz Navidad y buen año 2012
Nollaig Shona agus bliain mhaith 2012
Buon Natale e buon anno 2012
Vrolijk kerstfeest en een goed jaar 2012
God jul og godt år 2012
Wesołych Świąt i dobrego roku 2012
Crăciun Fericit şi an bun 2012
God Jul och gott år 2012
Щасливого Різдва і хорошого 2012
Cras et sem anno MMXII
Счастливого Рождества и хорошего 2012 года
기쁜 성탄과 좋은 해가 2012
Καλά Χριστούγεννα και καλή έτος 2012
Kellemes Karácsonyi Ünnepeket és 2012-es év
メリークリスマス良い2012年
عيد ميلاد مجيد وسنة جيدة 2012


Eduardo Dias

domingo, 20 de novembro de 2011

Assembleia da República! Uma atitude vergonhosa....

Depois de ver o orçamento da Assembleia da república para o ano de 2012, assinado e aprovado em 30 de setembro pela charmosa presidente Maria da Assunção A. Esteves, nem acreditava na parcela de 2.093.650,00 € referente a despesas de pessoal, mais propriamente para subsídio de férias e de Natal.
Como é possível, aqueles que se dizem nossos representantes, retirar o subsídio de férias e de natal na totalidade a quem ganha 1000€ ou mais e metade a quem ganha mais do que o ordenado mínimo, só por serem funcionários públicos ou trabalhadores de empresas públicas do estado, e eles, funcionários da assembleia da república, com ordenados bem superiores ficarem impunes a esta medida? Que eu saiba, todos são pagos com dinheiros públicos, do orçamento de estado, e dos contribuintes. Não será esta uma atitude cobarde daqueles que se dizem nossos representantes mais própriamente os todos poderosos deputados? Pior ainda com a concordância do 1º ministro, presidente da AR  e Presidente da República! Eu percebo! Toca-lhes a todos e preferem acobardar-se, a abdicar dos referidos subsídios.
É um mau exemplo daquele espaço, que é o coração da democracia, mas que a aplica aos cidadãos portugueses de forma diferente, fazendo deles, mais própriamente dos cidadãos estúpidos, parvos e ignorantes.
Alegam não serem funcionários públicos, mas também os funcionários das empresas do estado (EPE) não o são e acabam por ser afetados pela mesma medida. Já não concordo com a divisão entre público e privado, mas divisões dentro do mesmo sector são ainda mais desumanas, humilhantes e hipócritas. Revelam a falta de respeito da assembleia da república para com os cidadãos, mais própriamente dos políticos. Numa altura em que já poucos cidadãos acreditam neles, com atitudes destas, levam a que ainda menos acreditem e não é para menos, já que estes senhores colocam em primeiro lugar os seus interesses aos interesses dos cidadãos ou do próprio país.
Estranho é não ver nenhum político, seja ele primeiro ministro, ministro, secretário de estado, deputado ou mesmo a comunicação social a não se manifestar ou simplesmente opinar sobre o assunto. Parecem estar todos a guardar um segredo que lhes convém não seja divulgado, que o povo não saiba e que não se levante grande alarido não vão ainda os políticos ter que engolir um sapo do tamanho da assembleia da república.
Esta atitude é para mim reveladora da falta de respeito que os políticos tem pelos cidadãos e pelo país.
 Para que todos tenham conhecimento, eis o link do orçamento de estado da assembleia da república: (despesas de pessoal)
Eduardo Dias

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Deus e o diabo!

Depois das atrocidades e barbaridades que vejo diariamente na comunicação social por membros do actual governo só posso concluir que este, um pouco desnorteado, para facilitar a organização laboral e mostrar trabalho aos novos "donos" de Portugal (troika) trata o sector privado/público, como sendo o sector de Deus e o sector do diado.  
Ora, do lado de Deus, estão os verdadeiros trabalhadores portugueses, ou seja, os do "ex" sector privado (que não faltam, sempre disponíveis, ganham pouco, não têm regalias, 22 dias de férias, escravizados, etc.), os banqueiros (intocáveis), os patrões (coitadinhos) entre outros.
Do lado do diabo estão os trabalhadores da função pública (que não fazem nada, são incompetentes, muitas regalias, ADSE, muitos dias de férias, altos ordenados etc.) e os trabalhadores das empresas públicas (regalias, subsídios, ordenados chorudos, 30 dias de férias, prémios, reformas precoces etc.).
Claro que é o sector do diabo, o responsável pela situação atual do país. Só assim se entende a retirada/roubo de 5% (média) dos vencimentos em 2011 e anos seguintes, mais o subsídio de férias e de Natal em 2012 e anos seguintes, protegendo assim o sector de Deus, coitado que foi arrastado para a crise pelo sector do diabo.
  Alguns dos "novinhos" secretários de estado (com ar de bétinhos, cabelos frick, fatos Louis Vuitton onde não entra a 5 a Sec) e alguns ministros (uns com ar angelical outros com ar de macambúzios e olhar desconfiado), tem vindo nos últimos tempos a preparar o terreno para tão ilustre divisão sectorial. É vergonhosa a forma como estes senhores tem denegrido, enxovalhado, roubado e exposto a função pública e trabalhadores das EPE, melhor o sector do diabo, em plena praça pública contribuindo assim para fomentar "guerras" entre trabalhadores.  Eles, porque o 1º Ministro já nem aparece, ou anda para os lados de Massamá a tratar das lides domésticas ou foi arrolado para as cimeiras (tipo sessões contínuas) da UE para acalmar os "endiabrados" mercados e receber ordens do que fazer e como fazer, dos "donos" da União Europeia: Merkel e Sarkozy.
Pergunto eu: Que mal fizeram os trabalhadores do estado português, para serem responsabilizados pela actual situação do país? Porquê só eles a pagar a crise e tão drásticamente? Não seria melhor, mais rentável e mais justo uma divisão equitativa por todos, mesmo todos?
É que só estes a pagar não chega. O afundanço da economia portuguesa, resultante destas medidas "cegas" e o inevitavel aumento da corrupção, nos próximos meses darão resposta às minhas questões.
No final, os apóstolos de Deus terão como destino o céu, enquanto que os outros terão como mais do que provável as catacumbas do inferno, de forma a pagarem a factura de terem tido em vida o pior de todos os patrões/empregadores: o Estado Português.
Eduardo Dias



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Portugal ! Os monstrinhos que criaram o "Monstro".

Todos estamos de acordo e ninguém duvida da situação difícil que Portugal e os portugueses vivem neste momento. Para além de ser enxovalhado internacionalmente, atravessa uma das piores crises sociais e económicas de que há memória, crise esta que levou ao aparecimento de um "monstro", (palavras do Srº Presidente da República e do Srº 1º Ministro) em Portugal: O deficit do estado e por consequência a dívida pública.
Mas como apareceu este "monstro"?
 Não foi por culpa dos trabalhadores quer sejam do sector privado ou do sector público, como alguns hipócritas querem fazer crer e passar para a opinião pública. Numa frase infeliz, o 1º Ministro disse que "é o Estado que paga o sector público e as empresas o sector privado", da qual todos concordamos mas, esqueceu-se foi de dizer que é o sector público que garante os serviços sociais e todos os direitos dos cidadãos (ao abrigo da Constituição da República Portuguesa) como a educação, a saúde, a justiça, a defesa, entre outros, grátis ou a preços reduzidos e que todos reclamamos. Estes funcionários têm que ser pagos e cabe ao Estado esta tarefa. Para mim, amadorismo de 1º Ministro ou intenção de "abrir uma guerra" entre sector público e sector privado.
A verdadeira génese do "monstro" está na classe política ou melhor, numa série de políticos incompetentes que ao longo da última década lideraram ministérios, governos e outros altos cargos, servindo da pior forma os interesses da Nação Portuguesa. Eles, foram a pouco e pouco construindo aquilo a que agora alguns apelidam de "monstro".
A classe política, além de ser a única que passa impune a qualquer barbaridade (política, económica, social, sexual, etc...) está ligada às maiores derrapagens financeiras, aos maiores casos de corrupção, às obras faraónicas descabidas da conjuntura atual, às birrinhas partidárias e mesmo a alguns desfalques financeiros que têm arruinado a economia portuguesa. Para a classe que tem mais mordomias/regalias económicas e sociais e nem sequer tem um sistema de avaliação que tanto reivindica para a classe trabalhadora, é muito mau.
Agora, quase todos os políticos encontraram um culpado e tem que ser ele a destruir o "monstro": Os trabalhadores.
Os monstrinhos, continuam impunes e intocáveis nas suas mordomias e cada vez a engordar mais, já que as célebres "gorduras do estado" foram poupadas quase na totalidade. Depois de bem gordinhos, terão lugar garantido em qualquer instituto, fundação ou empresa, de preferência internacional (para passarem mais discretos), não pelos serviços prestados à Nação, mas sim por serem conhecedores dos meandros mais sofisticados da corrupção e pelos conhecimentos adquiridos com altas individualidades nacionais e internacionais, enquanto serviam a pátria.
É desumana a forma como estes monstrinhos, os atuais porque os anteriores já estão nos seus pelouros dourados, estão a servir a sociedade em geral e em particular aquela que trabalha e que teve a infelicidade de ter como empregador o Estado português. 

Aos monstrinhos que criaram o "monstro"....

Nota: Com todo o meu respeito pelos políticos, este meu comentário não é dirigido a toda a classe política mas sim a uma parte dela, isto é, aos verdadeiros responsáveis pela situação do País e que são fáceis de identificar. Para mim não deixam de ser os monstrinhos nacionais.
Eduardo Dias






domingo, 25 de setembro de 2011

Região Autónoma da Madeira independente! Porque não?

Há muitos anos que defendo a independência da Região Autónoma da Madeira, não porque tenha algo contra aquela pérola do atlântico, antes pelo contrário, mas porque sendo uma região autónoma, dotada de autonomia administrativa e política, deve ser independente.
Depois da independência, defendo sim, um acordo bilateral coeso entre as partes, que vá além dos tradicionais acordos bilaterais entre países, que contemple a  vertente económica e social e não se restrinja apenas a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais, aquele acordo, fictício para mim, que vigora nos países da União Europeia.
Esta ideia de sermos donos e senhores da Madeira já não se adapta aos dias de hoje, até porque, quando lá chegamos, já alguém por lá tinha andado. Ao contrário do que se diz, nós não descobrimos a Madeira, redescobrimo-la, até porque, no início do séc.XV iniciámos o processo de colonialização.
Politicamente  estamos perante uma democracia, ou melhor, uma "democracia encapotada", em que o Presidente do governo regional já detém o recorde mundial de Presidente mais vezes eleito por via democrática. Acreditam nisto? Eu não. Com os problemas sociais que a Madeira tem como é possível?
É sim uma democracia "encapotada", "ditadurial", "repressiva" etc., mas nunca uma verdadeira democracia.
Para mim, esta é a altura ideal para avançar com o processo de independência, fazendo assim a vontade ao seu ilustre Presidente e a muitos portugueses e madeirenses. As regalias de que a Região Autónoma usufrui, face a Portugal Continental, são imensas e tornam-se um fardo para a República, difícil de suportar, ainda para mais em tempos economicamente conturbados.
O atual "buraco" financeiro detectado na Região Autónoma recentemente, é resultado de uma birrinha do seu ilustre Presidente, face ás decisões do governo de Lisboa. Atitudes destas são imperdoáveis e intoleráveis, ainda mais quando se está a lidar com dinheiros públicos. Mais um motivo para a independência.
Enquanto Portugal é um cancro para a União Europeia, embora ainda benigno, a Região Autónoma da Madeira é um cancro para Portugal Continental, mas já maligno. Então porque não a independência? Deixemo-nos de patriotismos, de colonialismos e vamos evoluir no tempo, antes que seja tarde de mais como aconteceu com as ex. colónias....
Eduardo Dias 

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Telejornal! Não obrigado. A minha abstinência... jornalistica.

É um facto que Portugal está numa situação económica crítica, mas por amor de Deus, não massacrem mais os portugueses.
Optei por boicotar um dos meus programas favoritos. O telejornal. É deprimente a forma,como nos últimos meses, os telejornais passam uma imagem negativa de tudo o que se faz e se passa neste "pobre" país. Não creio que elevar ao máximo o negativismo, seja uma forma de cativar os telespetadores.
Todos estamos fartos de ouvir falar em troika, austeridade, aperto do cinto, aumento de juros, aumento de combustíveis, derrapagens, deficit, etc.
Já ninguém suporta estas palavras  e deixo aqui um alerta aos diretores de informação para que mudem de "atitude" e em vez de "afundarem" ainda mais o país e os portugueses, valorizem também o que de positivo se faz e assim levantar a moral à sociedade e contribuir para a recuperação de Portugal .
Os telejornais dão demasiado direito de antena e importância à classe política portuguesa em minha opinião. Será que ela o merece? Creio que não.
Os portugueses estão fartos de políticos incompetentes, mentirosos e sem nenhuma credibilidade. Como é possível um Primeiro Ministro dizer, há menos de um ano, que estava tudo bem com o país?
Como é possível um Presidente de um governo regional, por birrinha, arruinar por completo a região e por arrasto o país?
São só dois exemplos actuais, mas os políticos de topo que os antecederam foram iguais ou piores. A isto chama-se incompetência.
Gente desta, não merece um décimo do direito de antena que tem, e a melhor forma de os penalizar pelas atrocidades que tem feito a Portugal, é ignora-los.
É um facto que os média tem a função de informar mas devem fazê-lo bem. Chega de "politicazinhas e políticozinhos" que só servem para nos destruir.
Há que dar direito de antena e mais destaque a personalidades da sociedade portuguesa ligadas à cultura, economia, história, etc. . Estes sim bem mais interessantes e mais úteis à sociedade.
Não me chamem de inculto ou ignorante, porque não sou, mas por enquanto continuo a minha abstinência telejornalistica, pelo menos enquanto as televisões (RTP, TVI e SIC) destacarem os incompetentes e ignorarem os mais competentes.
Eduardo Dias

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Amy Winehouse! Mais uma estrela que deixou de brilhar....na Terra.

A maldição dos 27 anos para muitas estrelas das artes (música e cinema) fez mais uma vítima: Amy Winehouse. Depois de Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Kurt Cobain, entre outros, eis que chegou a vez de Amy. O final trágico de uma estrela da pop, criticada por muitos devido aos seus excessos, pôs ponto final numa das vozes mais espectaculares da música mundial. Agora (quase) todos opinam que era previsível, estava-se à espera, ela foi a culpada etc.. Não vejo as coisas assim. Amy não queria morrer, mas algo não correu bem. É fácil criticar, culpar, apontar o dedo e muito mais. É assim. O ser humano é cruel, sádico e por vezes sem sentimentos.
A imagem linda e cuidada, aliada a uma voz única no Mundo, mas que por vezes colidia com os excessos, fica na memória de muitos e há que respeitar a pessoa enquanto ser humano, enquanto artista e não apenas olhar para os excessos. Talvez não se tenha feito tudo o que era possível fazer pela pessoa, mas por vezes acredito que pode não ser fácil, ainda para mais se Amy tinha presente o sentido de autodestruição.
A 21 de Junho passado, eu próprio escrevi no Faceboock sobre Amy Winehouse: "nunca mais se vai esquecer do concerto em Belgrado...as melhoras". Infelizmente, esqueceu-se rápido de mais e as melhoras desapareceram de vez....arrependi-me...aconteceu.

Amy Winehouse, foi uma estrela que desapareceu da Terra mas que fica na memória de todos (ou quase todos) não só pela sua voz, mas também pela sua imagem ou mesmo pela sua excentricidade. Não merecia....
A Amy Winehouse....
Eduardo Dias

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Agências de "Rating"! A fiabilidade duvidosa...

Não sou economista, especialista em matérias económicas e muito menos analista de assuntos que dizem respeito à economia nacional ou internacional. No entanto, acompanho com algum interesse o desenrolar da  situação na União Europeia e em especial nalguns dos seus estados membros.
As Agências de "Rating" tem como principal objectivo avaliar e analisar a capacidade das empresas, e dos Estados, em cumprirem os seus compromissos financeiros, atribuindo-lhes níveis de classificação mais ou menos positivos.  
Sempre duvidei da imparcialidade e da fiabilidade destas agências, começando logo pelo seu país de origem. A forma como actuam e onde actuam, a sua capacidade para avaliar, como avaliam, a complexidade de um Estado/País (muito diferente de uma empresa), os interesses que sustentam, o contributo que dão aos especuladores financeiros entre outros.
Até há pouco tempo, eram consideradas por muitos como o "Deus na Terra", que orientava os mercados financeiros sem que ninguém duvidasse ou pusesse em causa a sua fiabilidade. Actualmente, a situação inverteu-se e começam a ser vistas como o terror que veio do outro lado do Atlântico, com critérios e fiabilidade duvidosa.
Para nós portugueses, e nesta crise que nos consome, a nós e muitos europeus, as agências de "rating" não são o Deus que desceu à Terra mas sim o Diabo que subiu à terra, contribuindo cada vez mais para o agravar da situação financeira de milhões de famílias e dos Estados mais débeis.
Nos últimos tempos, tem sido criticadas por governantes e alguns economistas portugueses, mas todos ignoraram. Agora, foi um alto director da ONU, o srº Heiner Flassbeck (comércio mundial e desenvolvimento) a exigir o fim destas agências, por considerar que elas não tem credibilidade/capacidade para avaliar a complexidade de um Estado em termos financeiros. Há uns dias atrás, também a toda poderosa Angela Merkel as criticou, por considerar que esta se intrometeram em assuntos que não lhes dizem respeito, mais propriamente na decisão do FMI, BCE e UE ajudarem de novo a Grécia.
A União Europeia tem que fazer algo de modo a terminar com estes ataques cerrados à sua economia e acabar de vez com a purga das agências de "rating" que, em minha opinião, opinam de forma a proteger a toda poderosa economia americana, ou, em alternativa, porque não a criação de uma agência de "rating" Europeia?
 A classificação da dívida pública Portuguesa, pela Moody's, como "Lixo", é deprimente, inoportuna e não reflete a realidade de Portugal estando mesmo a ser criticada por diversas entidades nacionais e internacionais. É mais uma prova da falta de credibilidade e interesses duvidosos destas agências de "rating".
Para mim, o lixo são elas próprias e desejo-lhe uma boa viagem de regresso ao seu país de origem.


Eduardo Dias  

quarta-feira, 8 de junho de 2011

União Europeia / Desunião Europeia....

Sou por norma um crítico da União Europeia, não propriamente da união, mas sim do modelo em que ela assenta. Assim, nunca é possível construir uma verdadeira união de estados, quer política, quer económica nem mesmo social que afinal era o principal objectivo.
Este modelo, que assenta num todo poderoso núcleo central, liderado pela Alemanha, está a conduzir a União Europeia para um abismo que mais tarde ou mais cedo a levará ao desmembramento ou à União Europeia de primeira e segunda classe.
A tão "badalada" união económica traduz-se basicamente na injecção de milhões de euros, aquando da adesão de um determinado país à união, em que a principal preocupação dos receptores é gastá-los dentro dos prazos limite (para mim um dos principais problemas) que são sempre muito curtos, e sem o mínimo de rigor, quer por parte dos próprios países quer pela união, através dos Quadro Comunitários de Apoio.
Lamentável também é o facto de não existir na União Europeia uma agência de Rating, de modo a "livrar-se" das agências americanas, com alguns critérios bastante dúbios, que tem como principal objectivo especular e lançar dúvidas e incertezas sobre os mercados dos países europeus. O resultado desta desunião económica é a instabilidade do Euro, que "tremelica" a todo o momento correndo mesmo sérios riscos.

 A união social, traduz-se apenas e só na livre circulação de pessoas porque, no que respeita à inclusão social e diminuição da pobreza, a União Europeia produz um efeito contrário, isto é, maior exclusão e mais pobreza em especial nos países ditos mais pobres.
Quanto à política, nem vale a pena falar, porque quem dita as regras são aqueles que sentam mais deputados no parlamento europeu e que através das "malditas Quotas" conseguem aniquilar por completo as economias mais fracas e proteger ou mesmo aumentar as deles.
Para complicar ainda mais a situação dos países de "segunda linha", são as insinuações absurdas lançadas sistematicamente por políticos dos países mais ricos. A liderar este ranking, está a chanceler Alemã com afirmações descabidas e sem fundamento como: "os do Sul tem que trabalhar mais" (quando trabalhamos mais do que ela) ou mesmo culpabilizar a Espanha, pela propagação da bactéria E-coli, através dos seus produtos hortícolas, sem terem a mínima certeza da origem do problema. Porque é que a Alemanha não duvidou das salsichas alemãs ou mesmo da cerveja? Talvez aí esteja o problema! É que não lhes convinha lançar suspeitas sobre os seus produtos, e com a brincadeira, arruinaram por uns tempos a horticultura de uns quantos países do sul. Agora, até vai ser a União Europeia com o dinheiro de todos, a pagar as indemnizações devido às insinuações da toda poderosa Alemanha. E assim, com "golpes baixos", lá vão conseguindo "conquistar" a Europa apoiados na União Europeia, ou melhor na desunião europeia.
Está à vista de todos, e os países mais desenvolvidos da UE sabem que este modelo não funciona nem nunca poderá funcionar, mas convém-lhes. Não estarão eles mais interessados na desunião europeia? Creio que sim, porque assim têm mais a lucrar do que com uma verdadeira União Europeia.
Eduardo Dias 


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ibéria... A união de Espanha e Portugal.

Podem acusar-me de não ser patriota. Sou quanto baste.
Podem acusar-me de não ter "orgulho" no meu país. Detesto a palavra "orgulho"... e não a utilizo no meu vocabulário.
Podem acusar-me de desrespeitar um país com quase 900 anos de história. É falso. Tenho o maior respeito.
Mas, a minha opinião é que não vivemos do passado, mas sim do presente e do futuro. A História do país está escrita, registada e impossível de eliminar.
Sou defensor de uma união Ibérica, que até podia ter o bonito nome de IBÉRIA, da qual resultariam grandes vantagens para os dois países: Espanha e Portugal.
Esta minha convicção não é recente e também não tem nada a ver com o actual momento crítico em que o país se encontra ou com uma tentativa de nos retirarem do "fundo do poço" em que nos encontramos, até porque Espanha não está muito melhor.
Não acredito no actual modelo da União Europeia e cada vez mais são as potências económicas a ditar as regras tanto nos continentes como a nível mundial. Na União Europeia, esse poderio é alarmante e cada vez mais sufocante. Então porque não criar uma potência de "2ª linha"?
A Ibéria teria vantagens económicas, sociais, políticas e militares tanto para Espanha como para Portugal e aproveitando as vantagens geoestratégicas de ambos os países era a melhor forma da Ibéria se poder  afirmar tanto ao nível europeu como mundial.
É um facto que não seria um processo fácil, mas
com empenho político de ambos os países, consultas populares e uma análise cuidada da constituição portuguesa e espanhola, de modo a torná-la numa só, poderia levar-nos à criação de um novo Estado: a Ibéria.
Para os mais cépticos ou patriotas, esta união não poderia ser comparada com as que já houve no passado (Dinastia Filipina ou mesmo antes da criação de Portugal em 1143), mas sim uma união livre e democrática ao contrário das anteriores. É evidente que perderíamos a soberania portuguesa, mas ganhávamos a soberania Ibérica e como disse anteriormente a História está meticulosamente registada, catalogada e impossível de eliminar.
Cada vez mais os dois países se estão a tornar "germano dependentes", não por vontade própria, mas por imposição. As últimas declarações da srª Merkel em relação a Portugal, Espanha e também à Grécia, a exigir menos férias e mais horas de trabalho,entre outras, são no mínimo humilhantes para ambos os países. A Alemanha não conquistou a Europa pela via militar (com o Hitler), mas conquista-a agora pela via económica, é a minha convicção. A srª Merkel é soberana sim, mas que o seja no seu país, pois nós dispensamos os seus "recados".
Aproveitando as boas relações entre os dois países e a conturbada situação económica e social da União Europeia, talvez esta fosse a altura ideal para iniciar contactos de ambas as partes para a criação do estado da Ibéria. Quem sabe.... um dia.
Por mim, Ibéria já. É a minha opinião.... 

 Eduardo Dias 

terça-feira, 26 de abril de 2011

Cão de Água Português/Casa da Buba...


Há uns dias atrás tive uma experiência única e maravilhosa! Uma visita a um criador do Cão de Água Português, mais propriamente à Casa da Buba em Lagos (Algarve).Sempre gostei de animais e sempre preferi os felinos aos caninos mas, admito, esta raça de cães deixou-me um pouco baralhado quanto às preferências. Brincalhões, bonitos, meigos e mais espetacular é a forma como se relacionam com os "Humanos" mesmo que desconhecidos.

Senti-me um puto no meio de tantos cães, cada um deles a tentar ao máximo captar a atenção ou mesmo o melhor ângulo para uma foto. É sem dúvida um animal/cão diferente.

Conhecidos pelos seus auxílios a marinheiros, para eles a água é como a terra, estes amigos dos homens do mar, e da terra, são diferentes e em minha opinião são um pouco mais que "o melhor amigo do Homem".
Aliado a estes fenomenais caninos está o seu criador, o senhor Rodrigo Pinto, que nos recebeu com toda a amabilidade, simpatia e disponibilidade. Dele transbordava felicidade e carinho perante os seus cães de água e da sua obra "A Casa da Buba", que é também hotel para cães.

 A ele, por mim e pelos meus filhos o meu muito obrigado. Vou lá voltar mais vezes.... Garanto.
Eduardo Dias

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Portugal, à rasca...

Depois da geração à rasca, temos agora o país inteiro à rasca, com um futuro sombrio e cheio de incertezas.
O mais preocupante é ver como as pessoas que o lideram, ou pretendem liderar, não estejam à altura das funções que desempenham, descridibilizando assim os órgãos de soberania.
Quando devia haver uma união entre os mesmos para começar a recuperar o país, eis que surge o impensável e vemos agora os principais políticos portugueses a entrarem numa "guerra suja" de palavras, digna de uma baixeza tal que põe em causa a estabilidade política, económica e social de uma nação.
Quando digo órgãos de soberania refiro-me a todos, porque não vejo da parte do governo, assembleia da república ou mesmo do Presidente da República uma tentativa ou até uma obrigatoriedade de reconciliação.
Será tão difícil uma união/reconciliação?
Será tão difícil dar um "murro na mesa"?
Será tão difícil engolir uns "sapinhos"?
Provavelmente depois vão engolir uns sapos do tamanho de Portugal.
Com uma oposição irresponsável e infantil, um governo reincidente na arrogância e teimosia e um Presidente da República mais do que pacífico, Portugal caminha a passos largos para se tornar o "patinho feio" da União Europeia, o coitadinho e o delírio dos especuladores.

Começam a ser quase diárias as atitudes deprimentes por parte dos políticos, como os insultos, o espicaçar de um lado e do outro, a falta de diálogo, já para não falar de faltas de respeito como: O Primeiro Ministro abandonar o parlamento quando apresentava mais um PEC, um ministro das finanças que abandona o Parlamento (temporariamente) quando discursava quem lhe dava mais luta (Manuela Ferreira Leite), ou mesmo um líder da oposição que vai dizer para o Wall Street journal que Portugal não vai conseguir cumprir as metas do déficit etc...
São atitudes e afirmações irresponsáveis e baixas de mais para pessoas que deviam dar o exemplo e cuja formação parece estar muito aquém dos cargos que ocupam e para os quais foram eleitos pela população.
É destas pessoas, aliás destes políticos, que os especuladores e as agências de Ratting gostam, mas que em minha opinião não merecem o respeito por parte de quem os elegeu  em democracia.
Eduardo Dias