quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Deus e o diabo!

Depois das atrocidades e barbaridades que vejo diariamente na comunicação social por membros do actual governo só posso concluir que este, um pouco desnorteado, para facilitar a organização laboral e mostrar trabalho aos novos "donos" de Portugal (troika) trata o sector privado/público, como sendo o sector de Deus e o sector do diado.  
Ora, do lado de Deus, estão os verdadeiros trabalhadores portugueses, ou seja, os do "ex" sector privado (que não faltam, sempre disponíveis, ganham pouco, não têm regalias, 22 dias de férias, escravizados, etc.), os banqueiros (intocáveis), os patrões (coitadinhos) entre outros.
Do lado do diabo estão os trabalhadores da função pública (que não fazem nada, são incompetentes, muitas regalias, ADSE, muitos dias de férias, altos ordenados etc.) e os trabalhadores das empresas públicas (regalias, subsídios, ordenados chorudos, 30 dias de férias, prémios, reformas precoces etc.).
Claro que é o sector do diabo, o responsável pela situação atual do país. Só assim se entende a retirada/roubo de 5% (média) dos vencimentos em 2011 e anos seguintes, mais o subsídio de férias e de Natal em 2012 e anos seguintes, protegendo assim o sector de Deus, coitado que foi arrastado para a crise pelo sector do diabo.
  Alguns dos "novinhos" secretários de estado (com ar de bétinhos, cabelos frick, fatos Louis Vuitton onde não entra a 5 a Sec) e alguns ministros (uns com ar angelical outros com ar de macambúzios e olhar desconfiado), tem vindo nos últimos tempos a preparar o terreno para tão ilustre divisão sectorial. É vergonhosa a forma como estes senhores tem denegrido, enxovalhado, roubado e exposto a função pública e trabalhadores das EPE, melhor o sector do diabo, em plena praça pública contribuindo assim para fomentar "guerras" entre trabalhadores.  Eles, porque o 1º Ministro já nem aparece, ou anda para os lados de Massamá a tratar das lides domésticas ou foi arrolado para as cimeiras (tipo sessões contínuas) da UE para acalmar os "endiabrados" mercados e receber ordens do que fazer e como fazer, dos "donos" da União Europeia: Merkel e Sarkozy.
Pergunto eu: Que mal fizeram os trabalhadores do estado português, para serem responsabilizados pela actual situação do país? Porquê só eles a pagar a crise e tão drásticamente? Não seria melhor, mais rentável e mais justo uma divisão equitativa por todos, mesmo todos?
É que só estes a pagar não chega. O afundanço da economia portuguesa, resultante destas medidas "cegas" e o inevitavel aumento da corrupção, nos próximos meses darão resposta às minhas questões.
No final, os apóstolos de Deus terão como destino o céu, enquanto que os outros terão como mais do que provável as catacumbas do inferno, de forma a pagarem a factura de terem tido em vida o pior de todos os patrões/empregadores: o Estado Português.
Eduardo Dias



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