Depois das atrocidades e barbaridades que vejo diariamente na comunicação social por membros do actual governo só posso concluir que este, um pouco desnorteado, para facilitar a organização laboral e mostrar trabalho aos novos "donos" de Portugal (troika) trata o sector privado/público, como sendo o sector de Deus e o sector do diado.

Do lado do diabo estão os trabalhadores da função pública (que não fazem nada, são incompetentes, muitas regalias, ADSE, muitos dias de férias, altos ordenados etc.) e os trabalhadores das empresas públicas (regalias, subsídios, ordenados chorudos, 30 dias de férias, prémios, reformas precoces etc.).
Claro que é o sector do diabo, o responsável pela situação atual do país. Só assim se entende a retirada/roubo de 5% (média) dos vencimentos em 2011 e anos seguintes, mais o subsídio de férias e de Natal em 2012 e anos seguintes, protegendo assim o sector de Deus, coitado que foi arrastado para a crise pelo sector do diabo.
Alguns dos "novinhos" secretários de estado (com ar de bétinhos, cabelos frick, fatos Louis Vuitton onde não entra a 5 a Sec) e alguns ministros (uns com ar angelical outros com ar de macambúzios e olhar desconfiado), tem vindo nos últimos tempos a preparar o terreno para tão ilustre divisão sectorial. É vergonhosa a forma como estes senhores tem denegrido, enxovalhado, roubado e exposto a função pública e trabalhadores das EPE, melhor o sector do diabo, em plena praça pública contribuindo assim para fomentar "guerras" entre trabalhadores. Eles, porque o 1º Ministro já nem aparece, ou anda para os lados de Massamá a tratar das lides doméstic
as ou foi arrolado para as cimeiras (tipo sessões contínuas) da UE para acalmar os "endiabrados" mercados e receber ordens do que fazer e como fazer, dos "donos" da União Europeia: Merkel e Sarkozy.

Pergunto eu: Que mal fizeram os trabalhadores do estado português, para serem responsabilizados pela actual situação do país? Porquê só eles a pagar a crise e tão drásticamente? Não seria melhor, mais rentável e mais justo uma divisão equitativa por todos, mesmo todos?
É que só estes a pagar não chega. O afundanço da economia portuguesa, resultante destas medidas "cegas" e o inevitavel aumento da corrupção, nos próximos meses darão resposta às minhas questões.
No final, os apóstolos de Deus terão como destino o céu, enquanto que os outros terão como mais do que provável as catacumbas do inferno, de forma a pagarem a factura de terem tido em vida o pior de todos os patrões/empregadores: o Estado Português.
Eduardo Dias
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