terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Pete Seeger!

Hoje a música ficou mais pobre. Para mim, o melhor género musical, o folk , perdeu aquele que muitos consideram ser o seu pai, ou um dos seus criadores. Morreu Pete Seeger.
Pete Seeger foi um "monstro", no bom sentido, da música folk americana e serviu de inspiração a muitos músicos de renome como Joan Baez, Bob Dylan ou Bruce Springsteen entre outros.
Pete Seger não foi só um excelente cantor e compositor foi também um lutador da causa ambiental, um activista e um defensor dos direitos humanos. Foi o criador da "música de protesto" sendo o "we shall overcome" uma das mais emblemáticas e que se veio a tornar mais tarde o hino do movimento americano dos direitos civis.
A sua vida nem sempre foi fácil e o seu ar rebelde, a par de tantos outros, causaram-lhe alguns problemas. Foi perseguido pelos serviços secretos americanos, acusado de ser comunista (coisa proibida nos EUA) mas mesmo assim não se intimidou e chegou mesmo a viajar para Cuba e a cantar com grandes nomes da música cubana.
Pete Segeer partiu mas deixou um legado musical difícil de apagar da História e um grupo de seguidores que não o vão esquecer tão cedo mas, não tenhamos dúvidas que o folk americano ficou mais pobre.
Foi inspirador de muitos artistas mas dois, que provavelmente aprenderam muito com ele, são para mim os génios ainda vivos da música folk americana: Bob Dylan e Joan Baez.  O mundo da música e em especial os amantes deste género musical estão gratos ao génio. Ao fim de sete décadas de criatividade, alegria e boa música o ídolo foi-se embora!!!
Obrigado Pete Seeger....
Eduardo Dias




sábado, 25 de janeiro de 2014

Lyubov Orlova. O "monstro" dos mares.

Começa a ser cada vez mais preocupante a insensibilidade que as Nações têm umas pelas outras. Este "salve-se quem puder" é comum à maioria delas, independentemente de serem muito ou pouco desenvolvidas, ricas ou pobres, do norte ou do sul. A área económica e social, talvez devido à mediatização, são aquelas que mais evidenciam a crueldade do ser humano (e das Nações), mas o caso do Lyubov Orlova é mais uma questão ambiental.
O Lyubov Orlova é um navio de cruzeiro de expedição construído em 1976 (de bandeira Russa até 1999 e actualmente de bandeira das Ilhas Cook) que navega há cerca de um ano em alto mar, à deriva, em local incerto, e com uma tripulação de milhares de ratazanas "canibais".  As ratazanas esfomeadas e infestadas de  doenças tornaram-se canibais devido à falta de alimentos.
A aventura caricata do navio começou há mais de um ano, quando aportou em ST. Jhones na Terra Nova (Canadá), e os seus tripulantes por falta de mantimentos e de pagamento abandonaram o navio. Mais uma série de peripécias, com uma batalha legal pelo meio e a consequente falta de acordo, o navio foi rebocado por uma empresa canadiana para alto mar.
Cientes que o "embuste" já não punha em perigo os poços de petróleo e gás natural, e a probabilidade de voltar para águas canadianas (à deriva) ser quase nula devido a ventos e correntes marítimas favoráveis e, já em águas internacionais, cortam-se ou partem-se(???)  os cabos de ligação ao rebocador e abandona-se o navio. A Terra Nova, melhor o Canadá livrou-se assim de tão ilustre "flutuante" à deriva com uma tripulação animalesca composta por milhares de elementos indesejáveis, em águas internacionais, e que mais tarde ou mais cedo, caso não se afunde o que é pouco provável, vai ser um presente envenenado para qualquer outro país do mundo. O Canadá não ficou bem na fotografia e não deixa de ser um dos principais responsáveis pelo "monstro dos mares" que continua em parte incerta.
Mas, nós portugueses com a sorte que temos, mais tarde ou mais cedo, temos fortes probabilidades de avistar o Lyubov Orlova junto da costa portuguesa. Não há problema, é que com o nosso poderio económico, resolvemos o problema de imediato nem que seja para o parque subaquático de Portimão para fazer as delicias dos mergulhadores. Ficamos mais ricos e aumentamos assim a nossa frota naval, muito debilitada nos últimos anos.
Eduardo Dias

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Quando o aprendiz tenta enganar o mestre.

Não me surpreendeu quando hoje ouvi Pedro Passos Coelho dizer que não se dirigia ao Prof. Dr.  Marcelo Rebelo de Sousa ao afirmar que o próximo Presidente da República deve ter um certo perfil, melhor "um perfil genérico", que ele próprio traçou. Segundo ele, deve ser e agir "mais como um árbitro ou moderador, evitando tornar-se uma espécie de protagonista catalisador de qualquer conjunto de contrapoderes ou num catavento de opiniões erráticas em função da mera mediatização gerada em torno do fenómeno político" ou da "popularidade fácil".
Para mim tratou-se, não de um recado, mas sim de um afastamento directo em praça pública do Professor à corrida a Belém. Não é necessário ser muito inteligente para perceber isto. Passos Coelho quer um candidato de preferência "igualzinho" a Cavaco Silva. O ideal seria um copy past e assim conseguiria o "perfil genérico" que tanto deseja para Belém.
Saiu-se mal. O Prof. Marcelo não é um ignorante e apanhou a dica, coisa que Passos Coelho não está habituado. 
Esta legislatura tem sido pautada por actos e atitudes que "roçam" a ditadura, mais parece uma "falsa democracia" ou uma democracia encapotada, criada pelo próprio executivo. O hábito ou a tendência de fazer dos outros estúpidos ou ignorantes nem sempre resulta e os discursos para incultos, muito típicos dos grandes ditadores, também já não são uma boa estratégia em democracia, mesmo que esta não seja verdadeira.
Neste duelo de ziguezagues e indiretas entre aprendiz e mestre, o mestre saíu-se melhor, deu uma lição, mostrou não ser um ingénuo político e saiu de cena de cabeça erguida.
Qualquer cidadão minimamente informado sabe que as palavras de Pedro Passos Coelho visavam o Prof. Marcelo, e esta tentativa de exclusão (aparentemente conseguida) deve-se única e exclusivamente às verdades (em linguagem acessível a qualquer cidadão), que este tem dito em directo na TVI, sobre os malabarismos do XIX governo constitucional. 
Que Pedro Passos Coelho não o queira assumir é uma coisa, mas certo é que com um "golpe baixo" conseguiu,  enquanto desenhava o seu "perfil genérico", afastar de imediato um forte candidato a Belém.
Não é muito correto em democracia! Mas tal como eu disse......
Eduardo Dias  

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Cristiano Ronaldo... condecorado.

Cristiano Ronaldo vai ser condecorado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique. Acredito que muitos dos portugueses não concordem mas, por mim e sendo defensor "dos louros a quem os merece"  já devia ter acontecido.
Por vezes tenho sido criticado por defender que personalidades ligadas ao desporto ou às artes, merecem ganhar milhares ou mesmo milhões, merecem ser distinguidos ou condecorados como qualquer cidadão e merecem ainda ser acarinhados e vangloriados pelos seus feitos. E porquê? Porque são eles que dignificam o país, que lhe dão projecção internacional, que o fazem crescer economicamente e porque são seres humanos....
Cristiano Ronaldo é actualmente o português que melhor representa o país e o que mais o projecta além fronteiras. É o melhor exemplo de cidadão que um país pode ter, o melhor exemplo profissional e intelectual para qualquer jovem, um exemplo de força, dedicação e trabalho. Um verdadeiro Ser Humano merecedor de tão ilustre distinção.
São pessoas assim que fazem a diferença, independentemente da área ou sector de actividade onde actuam e o país tem por obrigação retribuir.
Quando estes actos acontecem ou são apresentados surgem sempre as vozes mais críticas mas, nem todos se lembram ou reconhecem que as crises e os problemas financeiros que tem acontecido em Portugal ao longo dos anos, não se devem a tão ilustres personalidades, mas sim a (falsos/reles) políticos e corruptos, uns ainda no activo e outros que depois de "abastecidos" se afastaram pela surdina. Ao contrário dos heróis, estes sim enxovalharam, denegriram e envergonharam uma Nação que se chama Portugal....
Mas Cristiano Ronaldo é diferente. O mundo do desporto já o glorificou...já lhe agradeceu. Agora chegou a vez de Portugal.
Parabéns Cristiano Ronaldo! Tu mereces.
Eduardo Dias 



terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Eusébio... Até sempre.

Partiste! Foste embora.....
Todos sabemos que mais cedo ou mais tarde vamos embora porque a vida não é mais do que uma passagem pelo mundo para todos nós. Uns vão mais cedo, outros vão mais tarde. Tu foste cedo demais. 
E porquê? Porque o que diferencia o ser humano, nesta passagem, é o legado que deixa aos que cá ficam. O teu foi grande, foi enorme, é inesquecível. Foi uma dádiva para as gerações actuais e futuras.
Tiveste a sorte de pertencer ao Sport Lisboa e Benfica, uma instituição que sempre te acarinhou, a um país que sempre te vangloriou, Portugal, e teres nascido noutro país que nunca te esqueceu, Moçambique.
Não fizeram nada de mais porque tu contribuíste para a riqueza deles e ao longo da tua vida retribuíste, e de que maneira, o carinho que países, instituições e pessoas te deram ao longo da vida. Tu eras especial.
Mas... tu foste embora. Todos te dissemos adeus, cada um à sua maneira. Batemos palmas, chorámos... enfim dissemos-te até um dia. O teu Benfica fez-te tudo o que lhe pediste. Foi bonito.
Mas, mesmo depois de partir, ainda conseguiste outra proeza que revela bem a tua grandeza como ser humano, a tua humildade e o quanto eras especial. Tu conseguiste unir, em torno de ti, todos os quadrantes da sociedade portuguesa sem excepção. Da politica, do desporto, da cultura, enfim toda a sociedade deu as mãos, uniu-se e disse-te adeus. Esta união é tão difícil e só pessoas especiais como tu a conseguem fazer.
Também o Mundo te disse adeus e mostrou-nos a todos que eras Grande, que eras Universal. Mas nós já sabíamos....
Para ti... Eusébio da Silva Ferreira
Obrigado e até sempre
Adeus Pantera Negra       

Eduardo Dias