sábado, 25 de janeiro de 2014

Lyubov Orlova. O "monstro" dos mares.

Começa a ser cada vez mais preocupante a insensibilidade que as Nações têm umas pelas outras. Este "salve-se quem puder" é comum à maioria delas, independentemente de serem muito ou pouco desenvolvidas, ricas ou pobres, do norte ou do sul. A área económica e social, talvez devido à mediatização, são aquelas que mais evidenciam a crueldade do ser humano (e das Nações), mas o caso do Lyubov Orlova é mais uma questão ambiental.
O Lyubov Orlova é um navio de cruzeiro de expedição construído em 1976 (de bandeira Russa até 1999 e actualmente de bandeira das Ilhas Cook) que navega há cerca de um ano em alto mar, à deriva, em local incerto, e com uma tripulação de milhares de ratazanas "canibais".  As ratazanas esfomeadas e infestadas de  doenças tornaram-se canibais devido à falta de alimentos.
A aventura caricata do navio começou há mais de um ano, quando aportou em ST. Jhones na Terra Nova (Canadá), e os seus tripulantes por falta de mantimentos e de pagamento abandonaram o navio. Mais uma série de peripécias, com uma batalha legal pelo meio e a consequente falta de acordo, o navio foi rebocado por uma empresa canadiana para alto mar.
Cientes que o "embuste" já não punha em perigo os poços de petróleo e gás natural, e a probabilidade de voltar para águas canadianas (à deriva) ser quase nula devido a ventos e correntes marítimas favoráveis e, já em águas internacionais, cortam-se ou partem-se(???)  os cabos de ligação ao rebocador e abandona-se o navio. A Terra Nova, melhor o Canadá livrou-se assim de tão ilustre "flutuante" à deriva com uma tripulação animalesca composta por milhares de elementos indesejáveis, em águas internacionais, e que mais tarde ou mais cedo, caso não se afunde o que é pouco provável, vai ser um presente envenenado para qualquer outro país do mundo. O Canadá não ficou bem na fotografia e não deixa de ser um dos principais responsáveis pelo "monstro dos mares" que continua em parte incerta.
Mas, nós portugueses com a sorte que temos, mais tarde ou mais cedo, temos fortes probabilidades de avistar o Lyubov Orlova junto da costa portuguesa. Não há problema, é que com o nosso poderio económico, resolvemos o problema de imediato nem que seja para o parque subaquático de Portimão para fazer as delicias dos mergulhadores. Ficamos mais ricos e aumentamos assim a nossa frota naval, muito debilitada nos últimos anos.
Eduardo Dias

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