quinta-feira, 18 de novembro de 2010

E Deus criou... as Gajas.

Sim. É isso mesmo, estou a falar de Gajas. Não propriamente das Gajas em si, mas da evolução do sentido da palavra e como nos dias de hoje ela é aceite e utilizada pela sociedade com alguma vaidade, elegância, afecto etc.
As Gajas, não, a palavra em si, é das poucas palavras que teve uma "evolução" meteórica nos últimos anos devido à sua aplicação massiva pela "nata" da sociedade ou mesmo pelas "tias" de Cascais que a aplicam  frequentemente nos contactos, entre Gajas. A isto se deve tão ilustre ascensão ao patamar das palavras mais chiques e mais finas, alterando-lhe mesmo o seu sentido e tornando-a numa "palavra da moda". 
Noutros tempos, conotada com alguma leviandade, em que as Gajas não deixavam de ser as fulanas, as sujeitas, "elas" ou mesmo as mulheres odientadas, sempre debaixo dos piropos mais brejeiros por parte dos mais incultos da sociedade ou menos formados, actualmente tudo se modificou.
 Agora, as Gajas são mulheres bem posicionadas, elegantes, com formação, bonitas, charmosas ou seja muito diferentes das Gajas de há uns anos atrás. É sempre bom evoluir, nem que por vezes se tenha que passar de bestial a besta, não, neste caso de besta a bestial como é o caso.
Em minha opinião, a "evolução" da palavra é proporcional, na sua plenitude, à evolução das Gajas dos dias de hoje se comparadas com as de outros tempos mais longínquos. Ah! Mas ainda há um pequeno problema. É que um conjunto de Gajas (mulheres bonitas, bem formadas, elegantes etc.) é uma gajada. Gajada??!!!!???. Não soa nada bem. Vamos então lutar, eu não, as Gajas, pela "evolução" da palavra gajada de modo a dar-lhe o estatuto que ela merece. 
Parabéns às Gajas e à "mudança de estatuto" da palavra. 
Eduardo Dias  

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Espanha /SCUTS/ Parte dois

Nós portugueses, não, os nossos ilustres líderes políticos acabaram de engolir um sapo do tamanho da Galiza. 
Como referi no post, "Espanha/ SCUTS/a minha indignação", foi um erro enorme as medidas e formas de pagamento aplicadas aos turistas (em especial aos espanhóis) que utilizam as SCUTS.
Agora, nem um mês depois, em que os espanhóis (da Galiza) passam sem pagar, (apoiados pelas entidades da região), ameaçaram com o tribunal europeu e enxovalharam (com razão) as decisões do governo português, lá tivemos nós, não os nossos ilustres políticos, de marcar uma reunião à pressa para criar medidas "decentes", evitar o tribunal europeu e assim engolir mais um sapo.
Qualquer leigo previa isto. Será que quem nos lidera politicamente, não andou na escola, não pensa ou não tem capacidade para tomar medidas adequadas a cada situação?
Lamentável. Depois, lá andamos nós portugueses na boca do Mundo, sempre pelas piores razões e por infantilidades de pessoas que mais me parecem incultos, com falta de visão de futuro e incapazes de liderar um país com tantos anos de história.
Que esta situação sirva de exemplo, à ganância ao desnorte e à preocupação de gerar receitas urgentes para as contas públicas, por parte dos políticos.
Já agora, senhores governantes, não nos enxovalhem mais, não nos façam passar por pedintes ou por saqueadores e não se esqueçam que as decisões políticas, económicas e sociais devem ser ponderadas e analisadas mediante o contexto em que se inserem e não "à pressa e em cima do joelho".
Esperamos que este sapo (do tamanho da Galiza) não provoque nenhuma congestão a algum político, menos experiente, para que não obrigue os outros a voltar a meter a cabeça debaixo da areia.

(Este post, só faz sentido, depois de lido o anterior "Espanha/SCUTS/a minha indignação")

Eduardo Dias