As Agências de "Rating" tem como principal objectivo avaliar e analisar a capacidade das empresas, e dos Estados, em cumprirem os seus compromissos financeiros, atribuindo-lhes níveis de classificação mais ou menos positivos.
Sempre duvidei da imparcialidade e da fiabilidade destas agências, começando logo pelo seu país de origem. A forma como actuam e onde actuam, a sua capacidade para avaliar, como avaliam, a complexidade de um Estado/País (muito diferente de uma empresa), os interesses que sustentam, o contributo que dão aos especuladores financeiros entre outros.
Até há pouco tempo, eram consideradas por muitos como o "Deus na Terra", que orientava os mercados financeiros sem que ninguém duvidasse ou pusesse em causa a sua fiabilidade. Actualmente, a situação inverteu-se e começam a ser vistas como o terror que veio do outro lado do Atlântico, com critérios e fiabilidade duvidosa.
Nos últimos tempos, tem sido criticadas por governantes e alguns economistas portugueses, mas todos ignoraram. Agora, foi um alto director da ONU, o srº Heiner Flassbeck (comércio mundial e desenvolvimento) a exigir o fim destas agências, por considerar que elas não tem credibilidade/capacidade para avaliar a complexidade de um Estado em termos financeiros. Há uns dias atrás, também a toda poderosa Angela Merkel as criticou, por considerar que esta se intrometeram em assuntos que não lhes dizem respeito, mais propriamente na decisão do FMI, BCE e UE ajudarem de novo a Grécia.
A classificação da dívida pública Portuguesa, pela Moody's, como "Lixo", é deprimente, inoportuna e não reflete a realidade de Portugal estando mesmo a ser criticada por diversas entidades nacionais e internacionais. É mais uma prova da falta de credibilidade e interesses duvidosos destas agências de "rating".
Para mim, o lixo são elas próprias e desejo-lhe uma boa viagem de regresso ao seu país de origem.
Eduardo Dias
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