
Na primeira, a ministra da Justiça inaugurava a sede da polícia judiciária, uma das maiores do mundo (e nisto é que nós somos bons) e a sua primeira preocupação foi dizer que conseguiu reduzir o preço da obra de 103 para 85 milhões de euros "coisa que outros disseram não ser possível". Quanto à primeira parte há que dar mérito, a segunda era desnecessária e já agora, se a Parvaloren não perdoasse os 17 milhões de euros à empresa de Filipe Vieira e do seu sócio e o (desleixo do) tribunal 1 milhão a Jardim Gonçalves o estado poupava mais 18 Milhões (18+18=36 milhões) o que era melhor. Os recursos humanos, a dignidade das pessoas e as condições de trabalho, ficam para outra altura.

Na terceira, o primeiro ministro falava de um "manifesto de reestruturação da dívida" assinado por figuras nacionais de renome e de vários quadrantes. Políticos (esquerda e direita), ex ministros das finanças, Economistas, empresários etc. e que pretende ser um "apelo de cidadão para cidadão".
Já se esperava a resposta negativa do primeiro ministro e este justificou-se com a "mensagem errada aos mercados" e com "a mensagem errada a todos os países que esperam que Portugal cumpra as suas obrigações". Será que o primeiro ministro não sabe que reestruturar a dívida não é deixar de pagar? Será que o manifesto não merece sequer uma análise rápida, atendendo às figuras envolvidas? Será que as setenta personalidades é que estão erradas e o primeiro ministro correcto?
Não. É a dificuldade em aceitar a opinião dos outros. Este manifesto só teria sucesso se tivesse a assinatura de Angela Merkel e, mesmo assim os mercados e os outros (que nos ajudam/roubam) estarão sempre à frente dos portugueses. É triste.
Embora nos queiram fazer passar por isso, nós portugueses não somos ingénuos, não somos parvos e muito menos ignorantes....
Eduardo Dias
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