
Elas são as principais responsáveis pelo que se está a passar actualmente no mundo árabe e o efeito "bola de neve" parece continuar e estender-se a outros países, fora do mundo árabe. Angola pode ser o próximo.
Tunísia, Egito, Yémen, Líbia, Jordânia, Bharain e Irão, já sofreram os efeitos das poderosas redes sociais, em que com um simples clik, se convocam, organizam e comandam manifestações contra os regimes políticos, nestes casos. Os efeitos tem sido catastróficos na maioria dos casos de tal modo que começam a custar dezenas de vidas humanas.
Até agora, tem alastrado no mundo árabe, mas imaginem que a situação tem efeito contágio e começa a alastrar mais para ocidente? E, se em vez de se manifestarem contra os regimes ditadoriais se começam a manifestar contra os poderios económicos, que nos últimos anos têm vindo a emergir no ocidente?
Na Europa e América do Norte, as questões económicas sobrepuseram-se por completo às questões sociais, e nenhum governo pensa primeiro nos problemas sociais e depois nos nos problemas económicos. Mais, os governos optaram por dar subsídios a torto e a direito, em especial às classes mais desfavorecidas, como forma de os calar e assim evitar males maiores. Os subsídios não são nem mais nem menos uma forma de controlar as pessoas de modo a que estas não se manifestem ou não intentem contra o Estado. Não é com subsídios e a subsidiar tudo e todos que se desenvolve a economia de um país, mas os políticos optam por esta situação de modo a controlar as sociedades.

Talvez seja altura dos sistemas políticos, neste caso os governos, se começarem a preocupar mais com as sociedades e com as questões sociais, em primeiro lugar, de modo a evitar surpresas no futuro. Portugal é já um bom exemplo de alguma instabilidade onde a corrupção e a mentira andam de mãos dadas, a justiça não funciona, o governo completamente descredibilizado nacional e internacionalmente e a sociedade à beira de um ataque de nervos. Estão criadas as condições, o caminho está aberto e as redes sociais mais do que activas para desempenharem o seu papel.
Eduardo Dias