
O Estado ou melhor o Governo, em vez de proteger/defender os "seus funcionários", incentivando a produtividade, a qualidade do trabalho ou mesmo promovendo o diálogo prefere tratá-los de chicote na mão, enxovalhando-os na praça pública, retirando-lhes sistematicamente direitos e regalias, desprezando-os e pior do que isto, conseguiu passar para a opinião pública a imagem de que são eles os culpados da actual situação de crise económica.
Que moral tem este governo, liderado por um Primeiro Ministro inflexível e egocêntrico e por um Ministro das finanças em que já ninguém acredita inclusive os principais organismos europeus, para denegrir e enxovalhar na praça pública uma parte da sociedade portuguesa? Que moral tem este governo, com um Primeiro Ministro "envolvido" nos maiores processos de corrupção do país (é um facto que ainda não condenado em nenhum deles, mas já se mudaram leis como a destruição das escutas, de processos em que estava envolvido e sempre ouvi dizer que "não há fumo sem fogo"), e que diz hoje uma coisa e passado pouco tempo é precisamente o contrário, para "roubar" parte do vencimento dos "seus funcionários"? Que moral tem este governo que funciona apenas com duas pessoas, o todo poderoso Primeiro Ministro e o Ministro das Finanças, em que os outros Ministros são "moços de recados" que vivem na sombra e subjugados aos dois primeiros, em continuar a insistir em medidas que vão levar à ruína muitos trabalhadores do sector do Estado?

A arrogância, a inflexibilidade e o autoritarismo continuam a sobrepor-se ao diálogo entre todas as partes, por parte do governo, e o "patinho feio" de Portugal continua a ser a Função Pública e as Empresas Públicas.
Não creio que este seja o melhor caminho...
Eduardo Dias
Sem comentários:
Enviar um comentário