domingo, 10 de outubro de 2010

Mais uma "guerra" num país de incultos... Sector público/sector privado.

Já não bastavam as guerrinhas parvas e sem fundamento entre Norte/Sul, Lisboa/Porto, Benfica/Porto, entre outras, para agora nascer mais uma: Sector público/sector privado. Face às medidas de austeridade que vão ser impostas pelo governo ao sector público, tenho lido, ouvido e assistido a vários comentários de algumas pessoas que louvam essas medidas, considerando-as ainda brandas de mais. Já vi expressões do tipo: "É bem feito", "essa gente ainda merecia mais", " a função pública não produz nada", "são os responsáveis pela ruína do país" etc,...
Estas pessoas, incultas e ignorantes, esquecem-se que o sector público/privado se complementam um ao outro e ambos são necessários. Saúde, ensino, segurança, protecção social, entre outros, a preços reduzidos são assegurados pelo Estado que inclui o sector público. O sector privado usufrui destas regalias, embora também paguem impostos e efectuem os seus descontos.
A fuga aos impostos do sector público, deve andar próximo dos 0%, enquanto no sector privado é monstruosa devido aos ordenados mínimos fictícios, aos envelopes por baixo da mesa, às caixas registadoras abertas, aos molhos de notas nos bolsos, etc...
Não estou de forma nenhuma a defender o sector público nem a "atacar" o sector privado, mas sim a alertar alguns incompetentes e mal formados que se manifestam de forma arrogante contra quem trabalha e dá o seu melhor, mas que tem a infelicidade de ser funcionário do Estado.
Não vale a pena "cantar de galo", porque estas medidas vão-se reflectir em ambos os sectores e para o comprovar, vamos deixar passar algum tempo.
Como dizia Teófilo Braga, "o país de incultos e incompetentes", pouco melhorou em minha opinião, e mantém-se em pelo menos uma boa parte da sociedade.
Eduardo Dias


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